Vinicius Gritzbach, delator do PCC assassinado no aeroporto de Guarulhos.| Foto: reprodução/TV Record
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O Ministério Público denunciou à Justiça, nesta segunda (17), seis pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do empresário Vinicius Gritzbach no ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos. Ele era delator do PCC e teria sido executado por vingança.

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A promotoria também pediu a conversão das prisões temporárias dos suspeitos em preventivas, sem prazo para expiração. A Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido.

“O caso não está completamente encerrado, está parcialmente concluído com seis denunciados que nós temos certeza absoluta que estão envolvidos. No entanto, não afastamos a possibilidade, a verossimilhança, de outros vários poderem ou não estarem envolvidos”, disse o promotor Rodrigo Merli.

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Dos seis denunciados pelo MP, três são policiais militares que teriam participado da execução de Gritzbach em conluio com a facção criminosa. Segundo a promotoria, as denúncias são referentes à morte do empresário, ao assassinato de um motorista de aplicativo morto por bala perdida, e duas tentativas de homicídio de pessoas atingidas por estilhaços dos disparos.

O MP aponta quatro qualificadoras nos crimes: motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de armamento restrito. A promotoria ainda avalia se os acusados serão indiciados por associação criminosa.

As defesas do tenente Fernando Genauro, do cabo Denis Martins e do soldado Ruan Rodrigues negam as acusações e alegam que eles não estavam no aeroporto no dia do crime. Os advogados prometem apresentar provas no processo.

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Segundo a promotoria, Denis e Ruan seriam os responsáveis pela execução de Gritzbach, enquanto que Fernando dirigia o veículo utilizado na fuga.

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A investigação também vai apurar o envolvimento de policiais que faziam a escolta ilegal de Gritzbach em outro inquérito. “Se existem outras pessoas envolvidas, existe outra parte dessa história a ser contada”, disse a promotora Vania Caceres Stefanoni.

Segundo a Polícia Civil, Gritzbach foi morto por vingança ao delatar esquemas da facção em que ele atuava para lavar dinheiro. Em troca, o MP pediria que ele fosse julgado apenas por corrupção, e não por associação criminosa.

Caso sejam condenados, os acusados podem pegar até 100 anos de prisão. Atualmente, 14 policiais militares suspeitos de atuar como seguranças do delator estão presos por ordem da Corregedoria da PM.