O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, classificou como “narrativas falsas” as denúncias de tortura divulgadas por parte da imprensa em relação ao andamento da Operação Escudo, que completou 30 dias com 650 prisões e 22 mortes de suspeitos.
A Operação foi deflagrada no litoral de São Paulo após o assassinato do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, durante patrulhamento no Guarujá (SP).
A conceder entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (28), o secretário de Segurança disse que não existe, até o momento, nenhum laudo médico ou outro documento técnico que aponte indícios de tortura nos corpos dos 22 suspeitos mortos.
“Eu me baseio em documentos técnicos, inclusive na perícia realizada nos corpos dos indivíduos que, infelizmente, enfrentaram as forças policiais, e em todos os laudos do Instituto Médico Legal (IML) não aponta nenhum indício de hematoma, muito menos de tortura”, disse Derrite ao assegurar a continuidade da Operação.
Segundo a avaliação do secretário, o alto número de presos e de conflitos com suspeitos é um reflexo do “abandono” da região, o que teria permitido a criação de um “estado paralelo” por parte dos criminosos na baixada santista, apontada por Derrite como “centro logístico do crime”.
Derrite também lembrou que só este ano, sete policiais foram executados na baixada santista.
Ao citar os números atualizados da Operação, o secretário destacou que dos 650 indivíduos presos, 245 eram procurados pela Justiça. Também foram apreendidas 85 armas ilegais e quase uma tonelada de drogas.
“Isso é um verdadeiro absurdo e denota esse abandono de anos e anos por parte do estado”, disse Derrite ao informar que, na manhã desta segunda-feira (28), a Polícia Militar prendeu o traficante Flávio José Ramos, conhecido como “NK”, acusado de participação em homicídios de policiais e apontado como liderança do tráfico em Santos (SP).
O secretário disse que as ações da PM contam com quase 85% de aprovação da população e que a Operação Escudo deve continuar por prazo indefinido. A operação, inclusive, tem se estendido a outros estados na tentativa de combater a ação dos criminosos nas fronteiras.
“O nosso objetivo é asfixiar financeiramente o crime organizado. A gente tem que entender que o PCC, infelizmente, nasceu aqui em São Paulo, em 1993, tornou-se uma organização criminosa que passou a dominar o tráfico dentro do Brasil, expandiu os seus negócios com o tráfico internacional de drogas e usa majoritariamente o Porto de Santos para exportar a droga, cocaína, para países da Europa, da Ásia e Estados Unidos”, afirmou Derrite.
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