O padre Júlio Lancellotti fez, em seu perfil no Instagram, uma série de postagens nas quais alega estar sendo perseguido e atacado por discursos de ódio de religiosos. Um dos perfis expostos por Lancellotti chegou a ser desativado na rede social após a repercussão da publicação do padre.
“Não conheço essa senhora que me ataca de maneira violenta. Nunca fiz qualquer referência a ela e a seus amigos, e ela para defender alguns deles me ofende de maneira desumana”, publicou o padre, ao lado de uma imagem do perfil da uma produtora e locutora da emissora cristã Canção Nova.
Outro perfil acusado por Lancellotti de atacá-lo com discursos de ódio publicou uma imagem na qual compara Lancellotti ao padre José Eduardo de Oliveira e Silva, indiciado junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 35 pessoas no relatório da Polícia Federal (PF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Na imagem postada há uma indicação, equivocada, de que por ter estado com Bolsonaro em 2022 o padre José Eduardo é “réu, acusado de tramar o fim do Brasil” – ele só se tornará réu se a Justiça aceitar uma denúncia que ainda precisa ser oferecida pela Procuradoria-Geral da República a partir do relatório do indiciamento concluído pela PF.
Do outro lado, na imagem de Lancellotti há alegações contra o padre por supostas ligações com ONGs que controlariam a cracolândia em São Paulo. A reportagem da Gazeta do Povo tenta contato com o padre e com as envolvidas e o espaço segue aberto para manifestação das partes.
Em nota, Canção Nova reiterou respeito ao padre Júlio Lancellotti
Procurada pela Gazeta do Povo, a emissora Canção Nova enviou uma nota na qual aponta que “não adota nem aceita discurso de ódio em suas redes”. O texto segue com a emissora apontando que “a referida postagem não representa a opinião da instituição, que reitera seu respeito pelo padre Júlio Lancellotti”.
Por fim, a nota diz que a missionária e produtora da emissora denunciada por Júlio Lancellotti foi ouvida pelo departamento formativo da empresa e devidamente orientada. “Posicionamentos controversos de seus membros nas redes sociais, em perfis próprios, expressam apenas manifestações pessoais”, conclui a nota.
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