Caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs seja instaurada na Câmara dos Vereadores em São Paulo, o ex-deputado federal do PT Luiz Eduardo Greenhalgh será o responsável pela defesa do padre Júlio Lancellotti. O parlamentar ficou na Câmara dos Deputados de 2003 até 2007.
Greenhalgh afirmou para o jornal Folha de S. Paulo que estabeleceu um limite aos "ataques" que têm sido proferidos pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil) ao pároco. Nunes é o autor do pedido de abertura da CPI. Greenhalgh afirmou que caso o vereador pratique calúnia, difamação ou ofensa à honra, a defesa do padre acionará a Justiça.
"É um vereador que ninguém sabe quais projetos fez. É ano eleitoral, as nulidades precisam subir nas costas de pessoas reconhecidas, criar casos, estabelecer fatos políticos para ver se saem do anonimato", afirmou o advogado.
O pedido de abertura da CPI foi protocolado no dia 6 de dezembro pelo vereador. Ele conseguiu um total de 24 assinaturas, quórum insuficiente para ser instaurada a comissão na Casa. São necessárias pelo menos 28 adesões entre os 55 vereadores da Casa. Sendo que oito vereadores voltaram atrás e retiraram suas assinaturas do pedido de abertura da comissão, após a repercussão do caso.
Segundo Rubinho Nunes, o objetivo da CPI é de investigar as ONGs que atuam com pessoas em situação de rua e usuários de droga na cracolândia, no centro da capital paulista. “Vou arrastar pra cá em coercitiva, nem que seja algemado. Todo mundo vai saber o que tem por trás do Lancellotti. Vamos investigar o Júlio Lancellotti nas suas entranhas”, disse o vereador no seu Instagram.
Padre Júlio Lancellotti recebeu apoio de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
Lancellotti disse que recebeu uma ligação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na quinta-feira (4), que prestou “solidariedade e apoio” ao pároco, alvo da CPI das ONGs na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Lancellotti também contou que Moraes garantiu que deve entrar em contato com o presidente do legislativo paulistano, Milton Leite (União Brasil).
Lancellotti afirmou que o ministro do STF pretende conversar com o presidente da Câmara dos Vereadores. “Ele [Alexandre de Moraes] disse que está juntando todas as informações e, para isso também, ia conversar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo”, revela.
O presidente Lula (PT) também saiu em defesa do padre. "Graças a Deus a gente tem figuras como o padre Júlio Lancellotti, na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Que dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da Diocese de São Paulo são essenciais para dar algum amparo a quem mais precisa", afirmou o presidente no X.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que comandou o Governo de São Paulo por quatro vezes afirmou que o trabalho do padre é referência em todo o Brasil. "O padre Júlio Lancellotti inspira, há 40 anos, aqueles que devotam suas vidas a acolher as irmãs e os irmãos brasileiros em situação de rua. Seu trabalho junto à Arquidiocese de São Paulo é referência em todo o país e dá vida aos valores cristãos da caridade, da compaixão e do amor ao próximo", disse o vice-presidente no X.
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