Candidato à presidência da República nas últimas eleições, padre Kelmon (PRD) anunciou que será pré-candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições 2024 em uma chapa formada com o pastor evangélico Manoel Lopes Ferreira Junior (PRD).
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Kelman afirmou que o objetivo é unir "os cristãos em defesa dos valores e princípios" para combater "ideologias de viés comunista". "Estamos inaugurando um novo jeito de se fazer política no Brasil, chega de política egocêntrica. Queremos introduzir a política 'Cristocêntrica'", disse.
União da direita contra o comunismo
Com 81 mil votos nas últimas eleições, Kelmon Luís da Silva Souza é natural da Bahia e vive há cerca de 20 anos em São Paulo. Desde a juventude ele esteve envolvido em instituições cristãs, tendo sido ordenado sacerdote pela Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, da qual recentemente saiu para pertencer à Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, da qual é bispo.
Presidente do Foro do Brasil, instituição lançada no meio do ano passado para fazer um contraponto ao Foro de São Paulo, Kelman está viajando pelo país para criar um movimento de conservadores, o que já configura pré-campanha às eleições municipais.
Nesta quarta-feira (31), por exemplo, ele viaja de São José dos Campos para Catanduva. "Somos um contraponto ao Foro de São Paulo, que destruiu demais a América Latina, que empobreceu os nossos países, que prega o ódio às narrativas, a destruição de reputação, que anuncia um estado grande para tomar o lugar de Deus", disse ele no evento que teve a participação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
De acordo com Kelman, a principal ação do Foro do Brasil é voltada às eleições de 2024: "Precisamos eleger o maior número possível de vereadores conservadores, cristãos, de prefeitos, de homens e mulheres que de fato amem o Brasil, que se preocupem com as gerações futuras."
Dobradinha com Bolsonaro em 2022
Na campanha eleitoral para as eleições presidenciais em 2022, padre Kelmon virou candidato pelo PTB devido à impugnação da candidatura de Roberto Jefferson pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos debates televisivos, Kelmon ficou conhecido por utilizar o seu tempo de perguntas e respostas em favor do então candidato Jair Bolsonaro (PL), com quem foi visto trocando papéis antes do início da transmissão.
Chamado de "padre de festa junina" pela então candidata pelo União Brasil, Soraya Thronicke, a expressão ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais durante o acalorado debate que foi o último que precedeu o pleito presidencial.
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