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Empresário do PCC morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos
Além do empresário morto, três pessoas ficaram feridas no aeroporto mais movimentado do país| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) apreendeu os celulares dos policiais que integravam a escolta de Antônio Vinícius Gritzbach, que foi assassinado nesta sexta-feira (8), no portão de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). O empresário tinha ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A namorada da vítima prestou depoimentos aos investigadores e também teve o celular apreendido para perícia da Polícia Civil. A suspeita inicial é que o empresário foi monitorado pelos assassinos, que tinham informações sobre o horário previsto da chegada do voo no aeroporto.

Na noite deste sábado (9), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou pelas redes sociais que os armamentos utilizados no crime foram localizados pela PM. Entre eles, está um fuzil AK-47 e uma pistola 9 mm.

"Os fuzis, pistola e carregadores utilizados no homicídio cometido no Aeroporto de Guarulhos já foram localizados pela Polícia Militar. Não permitiremos que esse crime fique impune. O trabalho de investigação segue até que sejam identificados e presos os autores dos disparos e mandantes. O crime organizado seguirá sendo duramente combatido em São Paulo", declarou o governador.

Gritzbach chegou a ser investigado por esquema de lavagem de dinheiro do PCC, antes de firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo para fornecimento de informações sobre as atividades e operações do crime organizado. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou o afastamento de três policiais militares da ativa da equipe de segurança do empresário morto até o final das investigações.

“Os policiais militares, que pertenciam à equipe de segurança da vítima, prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso mencionado”, afirma a pasta da Segurança Pública em nota à imprensa.

Ainda conforme a secretaria, dois carros utilizados pela escolta da vítima e um terceiro, supostamente usado pelos atiradores, foram apreendidos e periciados. Os investigadores também ouviram uma das vítimas que sobreviveu ao atentado. Outros dois sobreviventes permanecem internados por causa dos ferimentos.

“Os dois homens, de 39 e 41 anos, permaneceram internados no Hospital Geral de Guarulhos. Já a mulher, de 28, recebeu atendimento médico e foi liberada. Ela foi ouvida pelos policiais no local”, completa. 

Além de delatar os mecanismos de lavagem de dinheiro do PCC, o empresário também era considerado pela facção o mandante do assassinato de dois integrantes da organização criminosa por uma desavença financeira no valor de R$ 100 milhões.

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