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Dois integrantes do MST foram mortos e seis ficaram feridos durante o ataque.
Dois integrantes do MST foram mortos e seis ficaram feridos durante o ataque.| Foto: Fernando Bizerra Jr./EFE

A Polícia Civil de São Paulo prendeu no sábado (11) o suspeito de comandar o atentado contra o assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo. No local, duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas na noita da última sexta-feira (10).

Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado, ele foi apontado como mentor intelectual do atentando contra o MST e tem antecedente criminal por porte ilegal de arma de fogo. 

Ainda de acordo com a pasta, a motivação do crime teria sido um desentendimento sobre a negociação de um terreno na área de assentamento de um movimento social.  “O suspeito foi reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos e momentos depois, começaram a atirar”, informou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

Os moradores do assentamento contam que, por volta das 23h, homens armados invadiram o assentamento com carros e motos, disparando contra as pessoas. Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 52 anos, morreram no local e foram velados no domingo (12) com a presença de ministros do governo Lula.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou no sábado (11) que vai oferecer assistência e proteção aos líderes e demais moradores do Assentamento Olga Benário. No domingo, a Justiça acatou o pedido de prisão temporária da Polícia Civil de São Paulo contra mais um suspeito do atentado no assentamento em Tremembé, que é procurado pelas autoridades policiais no estado.

Um terceiro homem foi preso logo após o crime por equipes da Polícia Militar por porte ilegal de arma de fogo. No entanto, o envolvimento dele no crime foi descartado. Segundo a investigação, há indícios de que ele teria ido ao local para prestar socorro às vítimas.

A Gazeta do Povo não conseguiu localizar a defesa do suspeito Antônio Martins dos Santos Filho. O espaço segue aberto para manifestação.

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