• Carregando...
Policiais são presos por suposto envolvimento com o PCC em São Paulo
Policiais civis citados por delator foram presos nesta terça-feira em São Paulo| Foto: Divulgação / Governo de São Paulo

Pelo menos cinco policiais civis foram presos na manhã desta terça-feira (17), em São Paulo, sob suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) durante a operação Tacitus, conduzida pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério Público do estado de São Paulo (MP-SP). O nome da operação tem origem no latim e significa silencioso ou não dito, uma alusão à forma de atuar da organização criminosa.

Segundo a apuração da Gazeta do Povo, a investigação teve como ponto de partida a delação de Vinicius Gritzbach, empresário envolvido com lavagem de dinheiro da facção, que foi assassinado com tiros de fuzil em 8 de novembro na saída do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

De acordo com a PF e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação cumpriu oito mandados de prisão e treze de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba. A ação visa desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública, envolvendo corrupção ativa e passiva de policiais.

Além da delação de Gritzbach, as investigações se basearam em movimentações financeiras e depoimentos cruzados. A apuração apontou que o grupo fornecia apoio ao PCC por meio de lavagem de dinheiro e repasse de informações sigilosas, em troca de propinas milionárias.

Os serviços prestados pelos policiais ao PCC incluíam:

  • Manipulação de informações;
  • Vazamento de investigações policiais;
  • Proteção a criminosos e seus familiares;
  • Corrupção;
  • Lavagem de dinheiro.

Entre os presos estão investigadores e um delegado da Polícia Civil, que atuaram no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), uma das principais delegacias da corporação.

Segundo apuração da Gazeta do Povo, Gritzbach delatou que foi extorquido pelos policiais do grupo, que exigiram R$ 11 milhões para retirar o nome do empresarário do ramo de imóveis das investigações sobre homicídios e tráfico de drogas.

Os suspeitos presos devem responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de bens. As penas combinadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que está auxiliando na operação. “A Corregedoria da Polícia Civil acompanha a operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público nesta terça-feira (17). Diligências estão em andamento, e a Corregedoria colabora com os órgãos federais.”

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]