O partido Progressistas (PP), que integrou a coligação da campanha à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reatou as relações com o MDB após ameaçar deixar a base do prefeito na Câmara Municipal de São Paulo nesta terça-feira (4). Após reunião para restabelecer os laços políticos, os partidos afirmaram que o processo judicial contra o PP foi movido por uma iniciativa pontual de um vereador do MDB, e não pela sigla como um todo.
“O PP foi o primeiro partido a declarar apoio à eleição do prefeito Ricardo Nunes, com quem mantemos uma relação de respeito que vai além da política, e confiamos no compromisso do seu governo e da bancada do MDB com a nossa bancada eleita, restabelecendo os fatos e preservando a decisão das urnas”, disse o PP em nota enviada à Gazeta do Povo na noite desta terça-feira (4).
Assinada conjuntamente por Janaína Lima, presidente municipal do PP em São Paulo, e pelo vereador Major Palumbo, líder do PP na Câmara dos Vereadores, a nota reafirma “a confiança na Justiça Eleitoral, que zela pela integridade do processo democrático e pela legitimidade das urnas”.
Enrico Misasi, presidente municipal do MDB, afirmou à Gazeta do Povo que “o PP, partido que cresceu e tem quatro vereadores, é partido importante para nós do MDB e para o prefeito Ricardo Nunes. O MDB respeita e reverencia, acima de tudo, o voto popular que foi conferido aos vereadores do PP”.
Misasi afirmou ainda que o partido vai “contornar essa situação e não permitir que a atitude individual de um vereador desestabilize a relação institucional entre partidos, que é muito boa e promissora.”
Processo movido por vereador Paulo Frange desencadeou conflito com o PP
O conflito começou devido a um processo movido pelo vereador Paulo Frange (MDB) na última sexta-feira (29) junto à 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, em que pede a cassação de quatro vereadores do PP por suposta fraude à cota de gênero: Murillo Lima, Sargento Nantes, Janaína Paschoal e Major Palumbo. Dois deles, Murillo Lima e Sargento Nantes, estão entre os cinco vereadores mais votados nas últimas eleições à Câmara Municipal de São Paulo, com mais de 110 mil votos.
A ação alega que houve “utilização de candidaturas femininas fictícias pelo Partido Progressistas com o objetivo de cumprir o percentual mínimo exigido pela legislação eleitoral” e que “essa prática, configurada como fraude, é evidenciada pela baixíssima votação das candidatas fictícias e pela ausência de suporte financeiro significativo para suas campanhas”.
Em reunião no colégio de líderes nesta terça-feira (3), o vereador reeleito Major Palumbo manifestou indignação em relação à ação. "Vocês querem tirar o direito lícito e justo de quem concorreu ao pleito. O cara ganhou no campo, nas quatro linhas, e agora querem ganhar no tapetão? Não vão ganhar”.
Palumbo afirmou ainda que o PP estava saindo da base do governo. "Não vamos tolerar esse tipo de política. Vocês [MDB] estão juntos com o PT nessa. A ação é idêntica”, disse ele, em referência à ação movida pelo PT contra a sigla, semelhante à ação do vereador Paulo Frange.
Janaína Paschoal, por sua vez, afirmou que os vereadores eleitos apoiaram a decisão do Major Palumbo. "Como é isso do MDB entrar com o pedido para tirar o cargo dos dois, do Palumbo, que foi reeleito, e o meu, que sou mulher? Então em nome de uma suposta proteção de mulheres, eles querem tirar a minha cadeira e a dos dois vereadores mais votados?"
Paschoal afirmou ainda que todos os candidatos do PP à Câmara Municipal de São Paulo gravaram vídeos e receberam material impresso ao lado do então candidato à prefeitura, Ricardo Nunes (MDB). "Como o MDB pode dizer que as candidatas são fictícias, mas o candidato a prefeito deles fez esse material e gravou com todas elas?, questionou. A reportagem tentou contato com o vereador Paulo Frange (MDB) e o espaço se mantém aberto para manifestação.
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