![Prefeitura de São Paulo decide substituir empresas de ônibus supostamente ligadas ao PCC Transwolff UPBus](https://media.gazetadopovo.com.br/2025/01/29202104/Transwolff-divulgacao-960x540.jpg)
A prefeitura de São Paulo decidiu, nesta quarta-feira (29), pela substituição das empresas TransWolff e UPBus no sistema de transporte público da capital paulista. As empresas são investigadas por uma suposta ligação com o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC), e foram impedidas de seguir prestando o serviço no município.
No comunicado feito à imprensa, a prefeitura informou que as defesas apresentadas pelas empresas no processo interno aberto em âmbito municipal não foram aceitas. Esta era a última etapa antes da decisão de excluir TransWolff e UPBus do sistema de transporte coletivo.
É esperado para os próximos dias que a prefeitura realize um chamamento para que outros operadores do sistema de transporte coletivo mostrem interesse nas linhas operadas pelas duas empresas. Se não houver interessados, será aberta uma nova licitação para o serviço.
Empresas operam linhas com 700 mil passageiros diários
As empresas alvos da investigação são responsáveis pelo transporte de quase 700 mil passageiros diariamente. A UPBus atende a zona leste da capital com 159 ônibus e a TransWolff, com uma frota de 1,2 mil veículos, opera na zona sul de São Paulo.
Ambas as empresas estão sob intervenção municipal da SPTrans, situação que deve permanecer até o fim do processo de substituição. “Dessa forma, estão garantidos os serviços prestados à população, bem como os pagamentos dos funcionários e fornecedores”, esclarece a nota publicada pela prefeitura de São Paulo.
A reprotagem tentou contato com a TransWolff e a UPBus, mas até a publicação desta reportagem não havia recebido retorno dos contatos. O espaço segue aberto para manifestações.
Empresas de ônibus foram alvo de operação para investigar ligação com o PCC
Em abril foi deflagrada a Operação Fim da Linha, que mirava nas empresas suspeitas de praticarem lavagem de dinheiro do PCC na operação das linhas de ônibus. A Receita Federal identificou o uso de diversos esquemas tributários para lavagem de dinheiro do crime organizado. Integralizações de capital social de empresas com valores sem origem lícita, movimentações financeiras atípicas e distribuições de lucro desordenadas e sem lastro financeiro são alguns dos mecanismos.
“Mesmo em anos em que registravam prejuízos, as empresas alvo da operação distribuíam dividendos milionários a seus sócios. Por exemplo, um dos sócios recebeu mais de R$ 14,8 milhões em dividendos entre 2015 e 2022, período em que a empresa teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 5 milhões. A distribuição de dividendos, além de ‘esquentar’ o dinheiro ilícito, possibilitava o não pagamento de tributos pelos beneficiários, uma vez que esse tipo de rendimento é isento de imposto de renda”, segundo informações da Receita Federal.
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