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De acordo com a prefeitura de São Paulo, que não houve internação compulsória na região da cracolândia em 2023.
De acordo com a prefeitura de São Paulo, que não houve internação compulsória na região da cracolândia em 2023.| Foto: Divulgação/Governo do estado de São Paulo

A prefeitura de São Paulo e o governo do estado divergem em relação ao número de usuários de droga na região conhecida como cracolândia, gerador de um problema social enfrentado no centro da capital paulista.

Para a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a cracolândia concentra cerca de 600 pessoas usuárias de drogas, enquanto para a administração estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o número é de aproximadamente mil.

Segundo dados do painel de monitoramento mantido pela Secretaria Municipal da Segurança Urbana, o número de pessoas que frequentam a cracolândia nos períodos da tarde e da noite (momento de maior concentração) aumentou 46,8% no segundo semestre de 2023, em comparação com os primeiros seis meses do ano. Entre janeiro e junho, a circulação média foi de 393 pessoas nos períodos tarde e noite. Entre julho e dezembro, o número saltou para 577.

Questionada sobre o aumento, a prefeitura justificou que os dados municipais apontam para uma maior concentração de pessoas na região e não para a elevação no número de usuários de drogas.

"No primeiro semestre de 2023, havia maior dispersão de dependentes químicos em situação de vulnerabilidade social no Distrito da Luz. As aglomerações chegaram a ocupar 11 locais diferentes por poucos dias durante o período. A partir do segundo semestre de 2023, ocorreu uma maior concentração dos dependentes químicos em algumas localidades específicas", esclarece a administração municipal.

Neste ano, de acordo com dados do painel de monitoramento da prefeitura, os usuários de droga na região central tiveram leve queda durante os períodos vespertino e noturno. De 577 no ano passado, o número caiu para 560 neste ano, o equivalente a uma redução de 3%. Porém, o painel de monitoramento captava dados de cerca de 10 ruas da região no ano passado. Já os números do último mês de janeiro correspondem apenas aos dados da rua dos Protestantes, no centro de São Paulo.

Para a gestão estadual paulista, há mil usuários de drogas vivendo na região central da cidade de São Paulo. O governo também indica que cerca de 60% possuem registros criminais, sendo que "a grande maioria", segundo nota da administração, está cumprindo pena nas ruas (progressão ao regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica) ou aguardando julgamento em liberdade.

De acordo com a gestão municipal, que não houve internação compulsória na região da cracolândia em 2023. O governo do estado não respondeu sobre esse questionamento.

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