Evento no dia 25 de fevereiro foi convocado após operação da PF que investiga o ex-presidente| Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Parlamentares do PSOL questionam no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio dos Bandeirantes a convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para participar do ato em seu apoio no próximo domingo (25). Entre os questionamentos, está ainda a reunião de Bolsonaro com aliados que será realizada na residência oficial de Tarcísio para acertar os últimos detalhes do evento.

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O documento é assinado pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) e pelo vereador da Câmara Municipal de São Paulo Celso Giannazi (PSOL) e foi enviado por meio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para Mário Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo.

Na peça, os parlamentares questionam o uso do dinheiro e de um prédio público com a finalidade de hospedar "uma pessoa que não exerce nenhum cargo público, está inelegível por inúmeras irregularidades praticadas no processo eleitoral e, ainda, responde a vários processos judiciais."

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Confira a íntegra do documento:

O DEPUTADO ESTADUAL CARLOS GIANNAZI, a DEPUTADA FEDERAL LUCIENE CAVALCANTE e o VEREADOR DA CAPITAL CELSO GIANNAZI, por meio desta, vêm conjuntamente à presença de Vossa Excelência expor e requerer o que segue.

Novamente, segundo noticiado pela imprensa, o Governador do Estado irá receber para hospedagem, no Palácio dos Bandeirantes, o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu padrinho político. Desta vez, o motivo será a participação de ambos em uma manifestação nesta Capital no próximo domingo, dia 25/02.

Segundo fontes oficiais, a hospedagem na sede do Executivo Paulista servirá, ainda, para a realização de reunião com aliados e para acertar os últimos detalhes do mencionado evento.

Ocorre que, como já oficiamos em outra oportunidade, nada justifica que o Governador hospede, com dinheiro público e em um prédio com finalidade pública - pois é a sede do executivo paulista - uma pessoa que não exerce nenhum cargo público, está inelegível por inúmeras irregularidades praticadas no processo eleitoral e, ainda, responde a vários processos judiciais.


É imprescindível destacar que o Palácio dos Bandeirantes é sustentado com o dinheiro público, sendo local de trabalho do Governador e de algumas Secretarias de Estado. A residência oficial que existe no seu interior não é hotel para hospedar pessoa acusada de genocídio, corrupção, negacionismo e de tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito, atualmente investigada pela Polícia Federal. Agindo assim, o governador está violando a impessoalidade e a imparcialidade da gestão pública, ferindo a moralidade administrativa e se utilizando de patrimônio público para fins pessoais e político-partidários.

Pedido

Ante ao todo exposto, solicita-se de Vossa Excelência a tomada das providências necessárias para questionar os custos e finalidades dessa hospedagem, cobrando-se as medidas cabíveis dos responsáveis.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]