• Carregando...
Datafolha: rejeição do presidente Lula (PT) dispara na cidade de São Paulo.
Avaliação do governo Lula como péssimo subiu de 25% para 34%, conforme a pesquisa Datafolha| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A nova pesquisa Datafolha sobre a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgada nesta segunda-feira (11), aponta que a reprovação do petista entre os eleitores de São Paulo aumentou na comparação com o levantamento anterior, realizado no final de agosto do ano passado na capital paulista.

No período de seis meses, o percentual de eleitores que consideravam a gestão do petista como péssima aumentou em nove pontos, de 25% para 34%. Para 28% a gestão é regular. Outros 38% dos entrevistados avaliaram o governo como ótimo e 1% não souberam responder, de acordo com os dados do Datafolha .

A pesquisa aponta que Lula tem índices melhores de aprovação entre eleitores com 60 anos ou mais. O presidente atingiu 45% de satisfação entre os entrevistados nessa faixa etária. Entre aqueles que cursaram até o ensino fundamental, o índice de aprovação sobe para 47%. A reprovação é maior entre os evangélicos: 49%, o que representa uma alta de 12 pontos em relação ao último mês de agosto.

A rejeição de Lula pode impactar na campanha do pré-candidato Guilherme Boulos (Psol) que tem o presidente petista como principal aliado. Pela primeira vez, o Partido dos Trabalhadores não terá cabeça de chapa na eleição para a prefeitura de São Paulo com Marta Suplicy (PT) como vice de Boulos após a articulação de Lula.

A base aliada do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa (Alesp) tem reforçado nas redes sociais que Boulos está se afastado de Lula após os índices de aprovação caírem, movimento negado pela bancada de esquerda.

O Datafolha ouviu 1.090 eleitores em São Paulo nos dias 7 e 8 de março. A margem de erro é de 3 percentuais para mais ou menos. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-08862/2024.

Boulos aposta em Marta após resultado de pesquisa Datafolha

Boulos tem intensificado a campanha com Marta, especialmente, nas periferias da zona sul e leste, onde a ex-prefeita desfruta de bons índices de aprovação. Marta aparece à frente no ranking dos melhores prefeito de São Paulo nos últimos 40 anos, de acordo com pesquisa Datafolha.

No total, 16% dos entrevistados mencionam a petista, seguido por Paulo Maluf (PP) com 13%. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) aparece apenas com 3%, na frente somente de Gilberto Kassab (PSD) com 2% e Celso Pitta com 1%.

Kassab é mais um ex-prefeito que estará envolvido no pleito deste ano. O presidente nacional do PSD foi um dos primeiros a declarar apoio ao prefeito Ricardo Nunes.

Outro ex-prefeito que estará envolvido na campanha é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que ficou em terceiro lugar como melhor prefeito de São Paulo com 11%, empatado com os ex-prefeitos Mario Covas e Luiza Erundina (Psol). A deputada federal que foi vice de Boulos na eleição de 2024 fará campanha, novamente, para o deputado federal.

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais

A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.

Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.

Pesquisas publicadas nas últimas eleições, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]