Ricardo Nunes associa a greve geral em São Paulo a partido de Guilherme Boulos.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), responsabilizou o PSOL, partido do deputado federal e pré-candidato à prefeitura Guilherme Boulos, pela paralisação dos serviços que metroviários e ferroviários promovem nesta terça-feira (3) na capital paulista. Nesta tarde, são nove linhas afetadas.

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“Lamentamos que nossa população seja prejudicada por uma greve ideológica, apoiada por partidos como o PSOL, da presidente do Sindicato dos Metroviários. Uma greve que não está, sequer, respeitando decisão da Justiça. Estamos trabalhando para ajudar aqueles que realmente trabalham”, escreveu Nunes em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

O prefeito segue a linha do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vem falando nas ideologias partidárias dos sindicatos. Nunes ainda afirmou que “a greve é provocada por sindicatos que manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário. Nos mantemos ao lado da São Paulo que acorda todos os dias disposta a fazer o melhor. SP de gente trabalhadora jamais será terra de baderna e quebradeira”, disse o prefeito em sua rede social.

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O PSOL apoia a greve e vem reforçando isso nas redes sociais: “todo apoio a greve do Metrô, Sabesp e CPTM. Em defesa do serviço público barato e de qualidade”. Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e socióloga, se diz psolista nas redes sociais.

Lisboa responsabilizou o governador paulista pela paralisação. “Essa greve só está acontecendo porque o governador Tarcísio não topou a catraca livre. Se o governador estivesse preocupado realmente com o trânsito da população, ele aceitaria esse desafio, se preservaria o direito de protesto dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, as pessoas poderiam se deslocar”, disse a socióloga em entrevista à TV Globo.

Boulos também atacou o governador. “Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação para não prejudicar os usuários. O governo estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, publicou Boulos na rede social.

Na segunda-feira (2), Tarcísio respondeu que a paralisação convocada pelos sindicatos é "ilegal, política e abusiva". O movimento deve durar 24 horas. "Infelizmente aquilo, que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão", disse o governador de São Paulo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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