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Imagem da marcha pró-Israel em Copacabana publicada pela embaixada do país no X
Imagem da marcha pró-Israel em Copacabana publicada pela embaixada do país no X| Foto: Reprodução X (Twitter)

Com uma das maiores comunidades judaica e árabe da América Latina, o Brasil registrou neste domingo (15) um novo dia de protestos com centenas de manifestantes nas ruas tanto a favor quanto contra a resposta militar de Israel aos ataques do grupo terrorista Hamas.

No Rio de Janeiro, mil pessoas com bandeiras azuis e brancas de Israel reuniram-se na praia de Copacabana para expressar solidariedade ao Estado judeu depois do ataque do Hamas no último dia 7 ter deixado mais de 1400 mortos, entre eles três brasileiros.

O rabino Mendy Aboutbou, de 29 anos, disse à Agência EFE que sua “alma dói” depois dos ataques e afirmou que o grupo fundamentalista islâmico deve ser “exterminado”. “A morte de qualquer civil, tanto israelense como palestino, é uma tragédia, mas ao mesmo tempo Israel tem de se defender e acabar com o Hamas, que causa terror dentro da própria Palestina e impede os palestinos de fugirem de Gaza”, declarou.

A embaixada de Israel no Brasil publicou imagens da manifestação carioca em seu perfil no X. “Obrigado aos cariocas e brasileiros por apoiarem Israel e seu direito de se defender após os horríveis ataques terroristas”, diz a mensagem que agradece o comparecimento dos manifestantes em Copacabana.

Por outro lado, em São Paulo, uma centena de pessoas com lenços típicos palestinos nas costas manifestaram-se na Avenida Paulista para denunciar os bombardeios israelenses em Gaza e a delicada situação humanitária que vivem seus habitantes.

O publicitário Uafa Smaili, brasileiro de origem palestina de 49 anos, ressaltou que “islamismo não é terror” e que são os habitantes de Gaza que estão sofrendo o “terrorismo” de Israel, por não permitir a entrada de ajuda humanitária. "Compreendemos o sofrimento do outro lado, mas é muito desproporcional. O lado palestino está sem água, luz e comida, e isso é desumano. Estão ocorrendo crimes de guerra", disse Smaili, em referência aos bombardeios israelenses, que já deixaram mais de 2.400 mortos.

O Brasil resgatou mais de 900 cidadãos em Israel desde o início do conflito, enquanto aguarda autorização do Egito para resgatar 28 brasileiros retidos em Gaza, às vésperas de uma possível ofensiva israelense. Durante a semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os “ataques terroristas” do Hamas, ao mesmo tempo em que pediu a Israel que abra corredores humanitários para entregar ajuda aos habitantes de Gaza e lembrou que o Brasil apoia a solução de dois Estados.

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