Os policiais civis citados na delação de Antônio Vinícius Gritzbach, morto na última sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, foram afastados das funções operacionais. A transferência foi confirmada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP) nesta quarta-feira (13). Os agentes agora estão cumprindo funções administrativas.
A Corregedoria da Polícia Civil solicitou ao Poder Judiciário o compartilhamento das informações apuradas durante as investigações da execução em Guarulhos. Os dados estão sob sigilo, e com o compartilhamento poderão ser utilizados nos procedimentos administrativos disciplinares abertos contra os policiais.
Tais procedimentos foram abertos ainda em outubro para apurar o envolvimento desses policiais com o crime organizado. “Para a instauração posterior da sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar precisamos fundadas suspeitas e justa causa mais apurada”, explicou o delegado-geral de Polícia, Artur Dian.
Policiais militares que faziam escolta de delator foram afastados
Outros 8 policiais militares investigados pela corregedoria da PM paulista em um inquérito interno foram afastados de suas funções operacionais. De acordo com a SSP, eles atuavam como seguranças em escolta a Gritzbach quando ocorreu a execução – este tipo de atividade vai de encontro ao regulamento disciplinar da instituição.
O afastamento dos militares foi assinado pelo chefe da Corregedoria da PM de São Paulo, coronel Fábio Sérgio do Amaral. Ele integra a força-tarefa criada para investigar o crime. Entre outras medidas, o grupo apreendeu os celulares de todos os policiais que estavam no terminal de Guarulhos no momento do crime. Os aparelhos serão alvo de uma análise para identificar um possível envolvimento dos agentes na morte de Gritzbach
Além dos celulares, estão sendo periciadas as armas usadas no crime. Mochilas com o armamento foram encontradas nas imediações do aeroporto no dia seguinte ao crime. São dois fuzis 762 e um fuzil 556, além de uma pistola 9mm e de munições para as armas.
Delator citou nomes de agente públicos
Antônio Vinícius Gritzbach era investigado pelo envolvimento com uma facção criminosa. Ele foi acusado de lavagem de dinheiro do grupo e por mandar matar dois criminosos da facção. Na colaboração para diminuir a pena, o réu citou agentes públicos, segundo a promotoria. O crime que aconteceu na semana passada é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Uma força-tarefa foi criada na segunda-feira (11) para acompanhar as investigações, por determinação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “Nós criamos essa força-tarefa para dar uma resposta a esse caso o mais rápido possível. O objetivo de todas as forças de segurança é identificar, qualificar e prender os criminosos envolvidos nesse crime”, afirmou o chefe da pasta.
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