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Guilherme Derrite volta a criticar uso das câmeras corporais.
Guilherme Derrite volta a criticar uso das câmeras corporais pela polícia.| Foto: Larissa Navarro/Alesp

O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, voltou a criticar o uso das câmeras corporais nas fardas dos policiais militares, argumentando que o equipamento inibe o trabalho das forças de segurança.

“A utilização das câmeras reduziu todos os números: prisões, apreensões de armas, abordagens. Reduziu uma série de coisas que nos leva a crer que inibiu a atividade policial.”

Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite

A declaração foi concedida por Derrite à Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta quarta-feira (6).

Derrite, que integra a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), contestou o termo “letalidade policial”, considerando-o pejorativo, e sugeriu que as mortes em confronto com a polícia sejam tratadas como estatísticas de “letalidade criminal”.

Ele criticou os estudos anteriores que indicavam uma diminuição nas mortes por confronto após a instalação das câmeras corporais. “Não é que reduziram as mortes, mas reduziu também a circulação de pessoas nas ruas. Pergunto se não seria justo outro estudo científico que fosse feito fora do período pandêmico”, afirmou.

“Prefiro monitorar o criminoso, é mais barato. Inclusive, a tornozeleira custa quase um terço do preço da câmera corporal”.

Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo.

Derrite nega abusos nas operações da Baixada Santista

O secretário disse aos deputados que o aumento da produtividade das forças de segurança tende a resultar em um aumento nos confrontos. “O que está acontecendo é uma transição. Não estamos mais negligenciando. Quando aumenta a atividade policial, inegavelmente os confrontos aumentam”, argumentou Derrite.

Questionado pela bancada da esquerda sobre possíveis abusos nas operações da região da Baixada Santista, litoral sul de São Paulo, Derrite afirmou que nenhum órgão oficial recebeu denúncia formal e que não seria aberto processo.

“Nenhum órgão correcional das polícias recebeu qualquer denúncia, informação ou relato oficial de abuso de autoridade das forças policiais. Caso isso aconteça, com absoluta certeza isso será investigado. A gente não pode, a partir de relato informal, instalar procedimento. Por isso, não reconheço nenhum excesso, até que isso chegue oficialmente para as forças policiais”, disse Derrite.

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