O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou o fim da Operação Escudo, na Baixada Santista. A informação veio nesta terça-feira (5), logo após a Defensoria Pública chamar a operação de “esquadrão da morte” e exigir câmera em todos os policiais envolvidos. O governo paulista afirma que as ações policiais na região serão retomadas por meio da chamada Operação Impacto.
Após dizer por várias vezes, nas últimas semanas, que a Operação Escudo não iria ceder à pressão da imprensa, Defensoria Pública e ONGs de Direitos Humanos, Derrite anunciou, em coletiva de imprensa, que a mobilização das forças de segurança estava encerrada, após 40 dias.
Durante a operação, a Secretaria da Segurança Pública paulista chegou a dizer que seria criado um novo batalhão em Santos para reforçar o policiamento ostensivo da região. Ainda não foram confirmados o local e nem a previsão de início de funcionamento do novo batalhão.
“A Baixada continua sendo prioridade. A migração da Operação Escudo e o retorno da Operação Impacto não vai representar prejuízo para a população. Os Baeps ( Batalhões de Ações Especiais de Polícia) que prestaram apoio retornam para suas regiões e nós manteremos um efetivo do Choque, além do remanejamento das vagas da Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho) para suprir e manter o apoio para a população da Baixada Santista. É importante ressaltar que a população não ficará desassistida”, afirmou o secretário.
De acordo com informações oficiais do órgão estadual, o balanço da operação foi de 958 criminosos presos, dos quais 382 eram procurados da Justiça. Alguns deles por crimes como sequestro e homicídio. Quase uma tonelada de drogas apreendida, além de 117 armas, incluindo fuzis e submetralhadoras. Durante a operação, 28 pessoas foram mortas.
“Caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas”.
Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo.
Derrite troca no comando da Rota e do batalhão da região central
Junto com o fim da operação na Baixada Santista, o secretário paulista da Segurança Pública anunciou a troca dos comandantes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar de São Paulo, e da região da cracolândia. Derrite afirmou que isso “já estava planejado e faz parte da carreira”.
Na Rota, deixa o posto de comandante o tenente-coronel Rogério Nery Machado, que ficou no cargo por quatro meses. O tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi, promovido recentemente, foi o escolhido para ser o novo comandante do grupo.
Nery Machado ficará responsável pelo 4º Batalhão de Choque, que contempla o Comandos e Operações Especiais (COE) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). “[Nery] sabia dessa missão, que ele viria para ficar justamente os quatro meses, até a promoção do tenente-coronel Takahashi. O coronel Nery é um profissional extremamente qualificado, tanto que está voltando para comandar o Gate e o COE. Não é falta de prestígio, muito pelo contrário. Faz parte da carreira, e eu desejo todo sucesso ao tenente-coronel Takahashi”, afirmou Derrite.
Outra mudança se refere à troca de comando do 13º Batalhão, responsável pelo policiamento na região da cracolândia, no Centro de São Paulo. Deixa o posto o tenente-coronel Armando Luiz Pagoto Filho. Ainda não foi divulgado quem será o substituto dele na função.
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