Para deputados e senadores, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o principal líder conservador do país atualmente. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ranking dos Políticos, diante da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio é visto pelos parlamentares como melhor opção para a condução dos conservadores.
O estudo também avaliou a competência política de Tarcísio, que se mostrou bem maior do que outros nomes analisados. A capacidade política do governador de São Paulo de liderar a direita no pleito de 2026 é considerada alta por quase 70% dos deputados federais e por 60% dos senadores.
A pesquisa questionou os parlamentares sobre a capacidade de Tarcísio de liderar também a centro-direita. Na Câmara dos Deputados, 55% dos parlamentares de direita acreditam que o governador pode conduzir o grupo político. No Senado Federal, 40% dos senadores da direita afirmam que Tarcísio conseguirá comandar a centro-direita nas eleições de 2026.
Para o cientista político do Espaço Democrático Rogerio Schmitt, ainda é cedo discutir a sucessão no campo conservador. “Uma candidatura presidencial de Tarcísio em 2026 é certamente um cenário possível, mas ainda estamos a três anos do início da sucessão presidencial. Vale lembrar que ele também pode disputar a reeleição em São Paulo, com chances muito maiores de vitória. A eleição municipal em São Paulo no ano que vem será um ótimo termômetro da liderança política do governador”, avaliou.
Nas duas casas legislativas, Tarcísio de Freitas venceu como o nome mais emergente para conduzir a direita nos próximos anos. Flávio Bolsonaro (PL), Michelle Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Partido Novo) e Eduardo Leite (PSDB) foram outros nomes avaliados como possível líder conservador.
“Teoricamente, Tarcísio tem mais potencial para se aliar eleitoralmente ao centro do que Bolsonaro jamais teve. O problema é que, no plano federal, os mesmos partidos de centro (PSD e MDB) que o apoiam em São Paulo são base do governo Lula e dificilmente abandonarão o atual presidente num possível projeto de reeleição em 2026”.
Rogerio Schmitt, cientista político do Espaço Democrático.
A pesquisa entrevistou 102 deputados federais, representando 21 partidos distintos, e 21 senadores, pertencentes a 13 partidos diferentes. A seleção respeitou o critério de proporcionalidade partidária.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 e 14 de julho, após a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, episódio em que Tarcísio foi um dos personagens principais. A abertura de Tarcísio em favor da reforma, sinalizada ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem se reuniu, serviu para deslanchar a votação. Ao sair do encontro, Tarcísio disse que concordava com 95% da proposta e não seria um obstáculo à aprovação. Seu gesto gerou grave desconforto com Bolsonaro e com os parlamentares de oposição mais ligados a ele.
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