O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (19) que jamais se colocará contra as decisões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e descartou a participação, em 2024, nas "campanhas eleitorais onde tiver bola dividida”. A declaração foi dada durante a entrevista coletiva no balanço do primeiro ano de gestão do novo governo estadual.
A bola dividida que Tarcísio de Freitas se refere é um possível apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Ricardo Salles (PL), enquanto o governador de São Paulo apoiaria o atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), mas o racha foi descartado pelo governador, que estará ao lado do ex-presidente independente da escolha.
“Bolsonaro é o grande líder do campo da direita. Vocês podem esperar que eu jamais vou me colocar contra o Bolsonaro em decisão nenhuma. Não vou me envolver em campanhas eleitorais onde tiver bola dividida, onde tiver candidatos do nosso mesmo campo. Não faz sentido”, disse Freitas à imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
Bolsonaro já deixou claro que apoiará o ex-ministro do Meio Ambiente na eleição do ano que vem, mas Salles ainda precisa deixar o Partido Liberal (PL), rumo a outra legenda para se tornar pré-candidato ao cargo de prefeito de São Paulo.
Apesar de muitos afagos públicos e programas em conjunto entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes entraram em rota de colisão por duas vezes, no último mês, envolvendo políticas públicas para o transporte coletivo. Nunes anunciou o programa "Tarifa Zero” na capital paulista aos domingos mas Tarcísio foi contra e respondeu que “não existe almoço de graça”. Mesmo assim, o prefeito cumpriu a promessa e colocou o programa para rodar no último domingo (17).
Na sequência, Nunes disse que não aumentaria a passagem de ônibus na capital, congelada desde 2020. Um dia depois, Tarcísio anunciou o aumento da tarifa para os trens e o metrô do estado.
“O que eu desejo para São Paulo é alguém que possa ganhar a eleição e que mantenha o bom diálogo, o diálogo republicano com o governo do Estado de São Paulo, assim como eu tenho procurado manter com o governo federal”, declarou Tarcísio nesta terça.
Apesar do esfriamento para o apoio de Nunes, Tarcísio não se inclinou para nenhum outro candidato, mesmo sabendo que seu padrinho político irá apoiar Salles. Os dois ex-ministros não cultivam uma boa relação. Um dos principais atritos foi durante a reforma tributária, que Salles atacou o governador de São Paulo durante discurso contra o projeto.
“Tem gente travestida de direita, mas faz média com a esquerda. É muito mais fácil fazer ponte, estrada e rodovia, do que combater o campo ideológica da esquerda nos ministérios do Meio Ambiente e da Educação”, afirmou Salles no dia 7 de julho.
Tarcísio diz que não está satisfeito com segurança pública em São Paulo
Ao ser questionado sobre quais áreas a gestão estadual deveria melhorar, Tarcísio foi enfático e respondeu que não está satisfeito com a segurança pública. "Não quero ver o cidadão sendo abordado por motocicleta todo dia, sendo assaltado”, afirmou o governador citando exemplos do centro de São Paulo e também da Baixada Santista.
Porém Tarcísio defendeu o trabalho do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite e lembrou do aumento de salário dos policiais, investimentos em sistema de inteligência, equipamentos e armamentos e ampliação do efetivo. “A gente vê que isso não é suficiente. O que a gente quer é aperfeiçoar. e vejo uma oportunidade grande para melhorias”.
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