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Tarcísio de Freitas
“Nós temos que refletir, sim, sobre procedimentos, conduta, política de segurança pública”, disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).| Foto: Pablo JAcob / Governo do Estado de São Paulo

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou, nesta segunda-feira (13), a possibilidade de afastamento de Guilherme Derrite do comando da Secretaria de Segurança Pública. O governador disse que é preciso refletir “sobre procedimentos e condutas” na gestão da Segurança Pública no estado, mas confirmou que “não pretende fazer mudanças por ora”.

As falas foram ditas por Tarcísio no retorno do governador às agendas públicas. Ele deu uma entrevista coletiva após acompanhar o embarque de um grupo de estudantes no Aeroporto de Guarulhos – eles fazem parte do programa de intercâmbio “Prontos Pro Mundo”. Durante a coletiva, o governador disse que se sensibiliza com os pais de um estudante de Medicina de 22 anos, morto em novembro por um policial militar após ter resistido a uma abordagem.

“É claro que a gente se sensibiliza com a dor dessa mãe e do pai. Existe um desejo de ver justiça, eu acho que essa justiça tem que acontecer e vai acontecer porque os responsáveis irão a julgamento. É perfeitamente compreensível e obviamente isso provoca a reflexão. Nós temos que refletir, sim, sobre procedimentos, conduta, política de segurança pública, efetividade das políticas, para que a gente possa cumprir o papel de proteger a sociedade como um todo”, afirmou.

Tarcísio confirmou que PM paulista está passando por treinamento

De acordo com o governador, a PM paulista está passando por um programa interno de treinamento. As atividades, disse Tarcísio, estão sendo realizadas por meio de reuniões com o efetivo policial que trabalha no patrulhamento.

“Esse treinamento está acontecendo antes do início da jornada de serviço. Já estão acontecendo, então a gente tem usado muitas preleções para isso. A gente está apresentando cases onde houve abuso, onde procedimentos não foram executados como estão previstos. Para tudo tem procedimento e a gente precisa exigir que os procedimentos sejam rigorosamente cumpridos. Não pode ser diferente”, comentou.

Tarcísio disse que estado fará "todo esforço" para elucidar atentado ao MST

Tarcísio ainda disse, na coletiva, que o estado fará “todo esforço” para elucidar o atentado contra o assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo. No local, duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas na noite da última sexta-feira (10).

Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, teve a prisão temporária decretada pela Justiça e detido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado, ele foi apontado como mentor intelectual do atentando contra o MST e tem antecedente criminal por porte ilegal de arma de fogo. Um segundo mandado de prisão foi expedido contra Ítalo Rodrigues da Silva, que segue foragido.

“Vamos fazer todo esforço para elucidar esse caso e apresentar à Justiça os responsáveis por esse ataque terrível. De certa forma, esses dois vão ajudar a buscar também os outros que participaram. A gente tem veículos que já foram identificados, que estiveram no acampamento”, disse Tarcísio.

Investigadores vão ouvir testemunhas do atentado

Os investigadores agora ouvirão depoimentos de testemunhas e vítimas que possam ajudar na elucidação do crime. Este deve ser o próximo passo das investigações, como confirmou o delegado Vinícius Vieira Garcia, da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Taubaté, responsável pelo inquérito.

“A coleta de imagens e a coleta de campo estão bastante avançadas. Os policiais estão empenhados para localizar os demais participantes nessa empreitada criminosa”, disse Garcia, em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (13) na sede da delegacia de Taubaté.

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