O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (22) que a responsabilidade de acabar com a polarização não é somente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele apontou que o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e a imprensa precisam “descomprimir” suas pressões para colaborar com o fim da polarização.
“Essa responsabilidade é do Judiciário, do Parlamento e da mídia. Todo mundo tem que começar a fazer gestos e descomprimir. A gente tem que ter uma porta de saída, não podemos mais conviver com a pressão que existe. Está na hora de descomprimir, de começar a ser razoável. Se todo mundo não fizer sua parte, não vamos sair da polarização”, disse o governador durante um evento promovido pelo grupo Esfera.
Ele participou do debate ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Os dois, que são aliados de Bolsonaro, defenderam que o ex-presidente é o principal líder político do país.
“Ninguém tem a capacidade de fazer como Bolsonaro que, mesmo sem ter direito a um futuro mandato, fazer o que nós assistimos na Paulista, em Copacabana. Isso é inédito, nunca vi na minha vida política”, afirmou Caiado. “Ninguém consegue arrastar uma multidão e tem tanto carisma como Jair Bolsonaro”, disse Tarcísio.
Tarcísio e Caiado criticam cenário econômico
Tarcísio de Freitas afirmou que o Brasil vive um parlamentarismo em razão do poder do Congresso, principalmente na distribuição de emendas. “A gente tem um Congresso com cada vez mais poder e menos responsabilidade. Então, o Brasil vai caminhando para um parlamentarismo sem ser um parlamentarismo”, destacou.
“Existe uma disciplina no que diz respeito à atribuição de emendas, principalmente em projetos estruturantes, que a gente precisa estabelecer. Isso se estabelece com negociação”, enfatizou o governador de São Paulo. Ele defendeu um reequilíbrio de forças dos Poderes.
Para Caiado, o Brasil vive atualmente um “desastre do ponto de vista fiscal”. O governador de Goiás classificou o arcabouço fiscal como uma “piada”. "Todo mundo viu que é uma piada. Já foi revogado no primeiro ano, autorizado a gastar o quanto quiser. Sair do teto [de gastos] e ir para o arcabouço [fiscal] é uma perda”, reforçou.
“Não existe política monetária sem âncora fiscal. E aí nós vamos travar o crescimento, significa que vamos perder oportunidade, o bonde vai passar e nós vamos ficar para trás… Estamos presos a essa armadilha de baixo crescimento”, acrescentou Tarcísio.
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