Com 13 leilões à vista, Tarcísio vai a Europa em busca de investidores internacionais

Enquanto os pré-candidatos às eleições municipais vão para o corpo a corpo para conseguir votos junto às bases eleitorais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foca na aproximação com investidores internacionais para atrair capital privado para obras públicas, principal marca de sua gestão, dentro do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI).

Entre as características do portfólio de projetos do estado de São Paulo apresentado a executivos europeus, durante esta semana, estão a sustentabilidade, dentro do conceito de ESG que tomou conta da agenda das empresas mundo afora.

Desde segunda-feira (5), Tarcísio cumpre um roteiro que inclui 13 reuniões em cinco dias, com fundos e empresas de investimento internacionais.

A estimativa é atrair até 2026 mais de R$ 220 bilhões em 20 projetos qualificados, com 44 leilões ligados a infraestrutura, transportes, mobilidade, energia e saneamento. 

Desses, 13 leilões de concessões estão previstos para 2024 na B3, entre eles o Trem Intercidades Eixo Norte, que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas; concessões e parcerias de infraestrutura rodoviária e ferroviária; as desestatizações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). "Com organização e boas práticas de gestão, São Paulo se apresenta como um dos mais promissores polos de desenvolvimento não só na América Latina, mas em todo o mundo", disse Tarcísio.

Na segunda-feira (5), no primeiro dia de viagem, o grupo esteve em Madri, na Espanha, com executivos da Acciona, que opera há mais de 25 anos no Brasil e é responsável pela construção da linha 6-laranja de metrô de São Paulo.

Na sequência, o governador de São Paulo se encontrou com o vice-presidente do grupo Santander na Espanha e seguiu para uma reunião com executivos da Sacyr, grupo espanhol que atua no mercado global de concessões, engenharia e infraestrutura e que está à frente das obras de expansão da linha 2-verde do metrô.

Já na terça-feira (6), a comitiva paulista esteve em Milão, na Itália, onde se reuniu com executivos do grupo Gavio, principal acionista da EcoRodovias, a maior operadora de concessões rodoviárias do país. No estado de São Paulo, o grupo atua no lote noroeste paulista, composto por 600 quilômetros de rodovias, e também no sistema Anchieta-Imigrantes. O grupo é o maior operador mundial de rodovias dentro de programas de concessão ou parcerias e opera 6,5 mil quilômetros em trechos na Itália, no Reino Unido e no Brasil.

Ainda em Milão, o governador paulista se reuniu com executivos do grupo Ghella, que atua nos setores de infraestrutura, saneamento e abastecimento e uma das construtoras da expansão da linha 2-verde do metrô de São Paulo. Entre as pautas, a comitiva paulista afirmou que há uma tendência de maior competitividade nos leilões que miram em investimentos para São Paulo.

Viagem de Tarcísio termina com reuniões em Paris

Nesta quarta-feira (7), a missão internacional do governo de São Paulo inicia a terceira e última etapa do roadshow em busca de investimentos na Europa.

Pelos próximos três dias, Tarcísio e autoridades estaduais vão se reunir com empresários e banqueiros em Paris. As primeiras rodadas de negócios na capital da França ocorrem com representantes da Keolis, multinacional especializada em mobilidade e transporte, e da holandesa Tec Tunnel, de engenharia e design de túneis.

Na quinta-feira (8), será a vez de se reunir com executivos do BNP Paribas e do grupo francês Vinci, principal operadora de aeroportos privados do mundo que atua também com concessões de rodovias, energia e construção. Em 2021, o grupo Vinci surpreendeu ao arrematar o Bloco Norte I, com sete aeroportos, em leilão da B3. Ainda na quinta-feira, o governo paulista se reunirá com a fabricante de veículos e sistemas de transporte público Alstom.

Na sexta-feira (9), último dia da viagem, Tarcísio se encontrará com investidores do fundo francês especializado em projetos de infraestrutura e energia Stoa, e com a multinacional de transporte público Transdev.