De acordo com um relatório do Tribunal de Contas, o estado de São Paulo possui 164 obras paralisadas ou em atraso. Uma herança maldita para o atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos). As obras de mobilidade urbana (trem, metro e monotrilho) são as mais problemáticas, seguida por saúde (hospitais, postos de saúde, UBS, CAPS e similares) e educação.
Um problema bastante semelhante ao encontrado por Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, quando assumiu a pasta em 2019. Segundo fontes ligadas ao governador ouvidas pela reportagem da Gazeta do Povo, Tarcísio pretende retomar as obras começando pelos setores de saúde e infraestrutura antes de iniciar novas.
Atualmente, o Estado possui 62 obras atrasadas e 102 paralisadas. As construções atrasadas são consideradas mais fáceis de resolução pela atual gestão. Já aquelas paralisadas precisam de maior cuidado, sendo necessário, na maioria das vezes, a revisão de contratos e valores.
Uma das obras de maior polêmica ao longo das últimas gestões em São Paulo é a do Rodoanel. Alvo de investigação do Ministério Público, as intervenções do trecho norte estão paralisadas desde 2018. O governador leiloou a concessão dos serviços deste trecho da rodovia em março, na B3.
Outro sonho antigo do cidadão paulista é o transporte ferroviário intercidades. Tarcísio anunciou a publicação do edital para a construção do trecho entre São Paulo e Campinas. É o primeiro passo para o projeto sair do papel.
As secretarias de saúde e habitação também estão acelerando a execução de projetos em andamento. Conforme antecipado pela Gazeta do Povo, o governo de São Paulo está se preparando para lançar um programa de locação incentivada de imóveis no centro da capital para pessoas que trabalham na região, mas moram em regiões periféricas da cidade. Previsto para os próximos meses, o programa faz parte de um conjunto de iniciativas do governo Tarcísio para revitalizar o centro da cidade.
A reportagem da Gazeta do Povo também apurou que Tarcísio quer destravar, especialmente, obras de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), muito requisitadas nas regiões mais vulneráveis do estado.
Histórico à frente do Ministério
A marca da gestão Tarcísio de Freitas no Ministério da Infraestrutura foi a capacidade de concluir obras que pareciam intermináveis. Durante sua gestão foram contabilizados mais de 100 leilões de infraestrutura, para a concessão de aeroportos, portos, rodovias e ferrovia à iniciativa privada, o que resultou em mais de R$ 100 bilhões investidos em território nacional ao longo dos três anos em que esteve à frente da pasta.
Entre as marcas de sua gestão estão a duplicação, após dois anos parada, da BR-116 no trecho entre Guaíba e Tapes, no Rio Grande do Sul. Foi também sob Tarcísio que o governo do então presidente Jair Bolsonaro realizou "o maior leilão rodoviário da história", com a nova concessão da Via Dutra, que previa quase R$ 14 bilhões em investimento privado.
No início de seu mandato como governador de São Paulo, Tarcísio qualificou 15 projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) com possibilidade de recebimento de investimento privado nas áreas de rodovias, recursos hídricos, infraestrutura rodoviária, transporte rodoviário intermunicipal e aquaviário, loterias, desenvolvimento urbano e habitação, além de educação e cultura.
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