O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e os 55 eleitos para a Câmara dos Vereadores de São Paulo foram diplomados na manhã desta quinta-feira (19) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Apesar de estar ausente, o vice-prefeito eleito, coronel Mello Araújo (PL), também foi oficialmente diplomado. A cerimônia ocorreu no Memorial da América Latina, na zona Oeste de São Paulo.
"A diplomação do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores eleitos dentro do resultado das urnas, o ápice da nossa democracia, é a concretização do processo eleitoral. Estou muito feliz em poder hoje ser diplomado. Agora vamos aguardar o dia 1º para a posse oficial e para dar continuidade ao mandato”, disse Ricardo Nunes em conversa com jornalistas após a cerimônia.
Sobre a ausência de Mello Araújo, Nunes afirmou que ele está nos Estados Unidos visitando o filho, que estuda no país norte-americano. O prefeito assegurou que o vice estará presente na cerimônia de posse.
Entre as autoridades, além do prefeito Ricardo Nunes e os demais vereadores que foram diplomados, estavam presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite (União), e o ex-presidente da República, Michel Temer (MDB).
Apesar de descartar voltar à vida pública, Temer foi uma peça importante na articulação do MDB para construção de alianças políticas em torno do nome de Ricardo Nunes e mantém o papel para as eleições em 2026.
Como foi a disputa pela prefeitura de São Paulo
Nunes foi a escolha da maioria dos paulistanos nas urnas no segundo turno das eleições municipais, realizado no dia 27 de outubro. O prefeito de São Paulo foi reeleito para a gestão 2025-2028 e venceu a disputa contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Nunes venceu com 3.393.110 votos, o que representou 59,35% dos votos válidos.
O resultado das eleições em São Paulo veio após o primeiro turno mais equilibrado da história do pleito na capital com uma pequena vantagem aberta em favor do candidato à reeleição que obteve 29,48% da preferência do eleitorado. Boulos teve 29,07% da preferência do eleitor e Pablo Marçal (PRTB) somou 28,4% dos votos validos.
Nunes foi o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que indicou o vice da chapa, Ricardo Mello Araújo.
No maior colégio eleitoral do país, a disputa do segundo turno refletiu a polarização nacional entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores, respectivamente, de Nunes e de Boulos.
Ricardo Nunes (MDB), de 57 anos, foi eleito em 2020 como vice de Bruno Covas na prefeitura de São Paulo. Ele assumiu o cargo de prefeito após o falecimento de Covas em decorrência de um câncer, em 2021. Com perfil discreto, Nunes era pouco conhecido pelos paulistanos no início da gestão e apostou em políticas de maior popularidade.
Filiado ao MDB desde os 18 anos, Nunes iniciou a carreira política como vereador na cidade de São Paulo, tendo sido eleito em 2012 e em 2016. Tornou-se vice de Covas na ampla aliança de 12 partidos que viabilizou a chapa nas eleições de 2020. Ricardo Nunes é casado com Regina Nunes, com quem tem três filhos e um neto.
Câmara de São Paulo terá vereadores mais ideológicos e deve ser palco de embates
A nova composição do legislativo paulistano traz uma Câmara diferente da atual em relação aos nomes dos candidatos, que têm um perfil mais ideológico e devem acirrar os embates no plenário.
Entre eles, estão Lucas Pavanato (PL), Zoe Martinez (PL) - que ficou conhecida nas redes sociais por criticar a ditadura cubana, Janaína Paschoal (PP), autora do impeachment de Dilma Rousseff (PT); Amanda Vetorazzo (União), do Movimento Brasil Livre (MBL); e Adrilles Jorge (PL), jornalista e comentarista político.
Do outro lado do espectro político, nomes como Keit Lima (Psol) e Silvia Ferraro (Psol) devem trazer a militância política tradicionalmente vista nos partidos de esquerda. Durante a cerimônia em que Ricardo Nunes e os vereadores foram diplomados, Ferraro subiu ao palco ao lado das integrantes do mandato coletivo da Bancada Feminista, que carregavam placas com dizeres como "mulheres negras no poder" e "sem anistia para golpistas".
Apesar dos nomes novos, há poucas mudanças na composição política dos partidos para a base do futuro gestor do Executivo paulistano. O campo de centro foi levemente fortalecido, o que favorece a administração de Ricardo Nunes (MDB).
A coligação do prefeito reeleito, que inclui partidos como o próprio MDB, além de Republicanos e União Brasil, consolidou a liderança, ocupando mais cadeiras que os blocos de esquerda, que tinham como expectativa expandir a representação com o crescimento de candidaturas alinhadas a Boulos, candidato do Psol com apoio de Lula.
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