Informações sobre tratamento de transição de gênero, enviadas após requerimento feito pelo deputado estadual Gil Diniz (PL), da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), mostram que o Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (AMTIGOS-IPq-HCFMUSP) fez bloqueio hormonal em uma criança de 10 anos e 8 meses.
A informação consta no documento enviado pelo coordenador do AMTIGOS-IPq-HCFMUSP por meio da Secretaria de Estado da Casa Civil em junho de 2021. "A criança com menor idade que teve início de acompanhamento e em bloqueio do eixo hipotálamo-hipófise, foi com 10 anos e 8 meses. Das 53 encaminhadas para acompanhamento endocrinológico, 16 tiveram alta e 37 continuam em seguimento, a grande maioria com idade maior de 12 anos (apenas 10 têm menos de 12 anos de idade - idade de média de 11 anos de idade)".
O documento afirma ainda que, das 892 triagens realizadas, “temos crianças e adolescentes das mais diversas idades, sendo 617 com até 17 anos. Em acompanhamento nesse ambulatório são 88 crianças (03 a 11 anos de idade) e 106 adolescentes (12 a 17 anos de idade)."
O tratamento hormonal para transição de gênero em crianças e adolescentes no HCFMUSP será investigado na Alesp por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema.
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