Em uma tentativa de demonstrar coerência com seus discursos e acenar ao eleitor conservador, tanto o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), não compareceram nem fizeram postagens em redes sociais de apoio à Parada do Orgulho LGBT, realizada no último domingo (11), na Avenida Paulista. O evento é considerado o maior do mundo.
Alguns integrantes da equipe da prefeitura de São Paulo, no entanto, estiveram presentes e postaram mensagens de apoio, como foi o caso de Marta Suplicy (MDB), secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, e de Soninha Francine (Cidadania), secretária de Direitos Humanos e Cidadania da capital.
Críticas ao governador Tarcísio
Apesar de não apoiar a parada LGBT em suas redes, o governador Tarcísio vem sofrendo críticas por supostamente financiar o evento. O cientista político Silvio Grimaldo, diretor executivo do veículo conservador Brasil sem Medo, fez um programa publicado na última quinta-feira (8) criticando a atitude de Tarcísio, "eleito com o voto bolsonarista, de entregar quase R$ 300 milhões do contribuinte paulista para o movimento homossexual usar na promoção da ideologia de gênero".
O investidor Leandro Ruschel, por sua vez, da Liberta Investimentos, afirmou em suas redes sociais, ironizando Tarcísio, que "governador 'conservador' de SP deu quase R$ 2 milhões para eventos que exaltam as 'crianças trans', e ainda declarou que eles servem para 'combater preconceitos' ".
Nas críticas, é citada a seguinte declaração que Tarcísio fez no dia 17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia: "A gente está hoje no dia que foi dedicado ao combate ao preconceito à população LGBTQIA+. Essas paradas são importantes pois despertam a consciência para que a gente tenha uma sociedade cada vez mais tolerante.
De acordo com o Metrópoles, na ocasião da declaração, Tarcísio anunciou, por meio da Secretaria Estadual da Cultura, a liberação de R$ 750 mil, no âmbito do programa +Orgulho, para eventos ou ações para o público LGBTQIA+ em municípios do litoral e do interior paulista.
Direita contra direita
De acordo com pessoas ligadas ao governo Tarcísio, no entanto, o financiamento citado trata-se de uma continuidade do que foi feito em gestões anteriores. A página do Instagram "tarcisiospgovernador", por sua vez, que apoia o governador, criticou a atitude do cientista político Silvio Grimaldo, questionando "Por que a direita insiste em atrapalhar a própria direita?".
No post, a página esclarece que os "quase 300 milhões" que o governo de São Paulo estaria entregando ao movimento LGBTQIA+ na verdade seriam os R$ 750 mil para o programa +Orgulho, uma continuidade da gestão anterior. Na conta entraria ainda um contrato de R$ 30 milhões + R$ 9 milhões relacionado à expansão e reforma do Museu da Diversidade. De acordo com a página, "os 30M foram divididos em 4 anos e as parcelas de 2022 e 2023 já foram pagas. O contrato foi retomado dia 27/12/2022, ainda na gestão anterior", e estaria sob responsabilidade do Instituto Odeon.
A página afirma também que o influenciador Grimaldo teria acrescentado na conta cerca de R$ 200 milhões direcionados para o Casarão Franco de Mello, mas que na verdade o governo de São Paulo investirá R$ 60 milhões por meio de uma parceria público-privada (PPP) para instalar no local o Centro Internacional de Cultura da Diversidade, um espaço multicultural “onde acontecem atividades ao ar livre como feiras, concertos, performances e cinema acessível para toda a população."
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