Nesta quarta-feira (12), a Polícia Federal indiciou 14 pessoas, entre eles um delegado, um investigador e policiais civis, sob suspeita de envolvimento em um esquema criminoso ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo.
O relatório final da PF, encaminhado à Justiça, recomenda também a prisão preventiva de oito investigados. As acusações surgiram no âmbito da Operação Tacitus, deflagrada em dezembro do ano passado, que identificou um esquema de extorsão e corrupção policial.
De acordo com informações confirmadas pela Gazeta do Povo, os indiciados são acusados de exigir dinheiro e bens de Vinicius Gritzbach, empresário e delator da facção, assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro do ano passado.
O delegado Fábio Baena, um dos nomes incluídos na lista de indiciados, já havia sido preso em dezembro do ano passado após ser citado na delação premiada de Gritzbach ao Ministério Público. O investigador Eduardo Monteiro também figura entre os suspeitos.
As investigações revelam um esquema complexo que envolveria a manipulação e o vazamento de informações sigilosas de investigações policiais para criminosos, além da venda de proteção a integrantes do PCC. Há indícios de que a rede de corrupção beneficiaria operações de lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Para a defesa do delegado Fábio Baena e do investigador Eduardo Monteiro, o indiciamento foi arbitrário: "Na calada da madrugada, a arbitrária autoridade policial concluiu o inquérito policial em que são apuradas as elocubrações do mitômano e criminoso confesso, Vinícius Gritzbach, sem que tenha se dignado de analisar os pedidos de produção de provas formulados por essa defesa que desmentiriam as ilações e bravatas suscitadas pela citada autoridade", disse em nota.
Os advogados afirmaram ainda que a autoridade policial "abusivamente preferiu indiciar todos os investigados, de maneira genérica, sem qualquer individualização, e sem que existentes indícios do cometimento de qualquer crime".
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