Nove anos depois, Marta Suplicy voltou ao Partido dos Trabalhadores (PT) nesta sexta-feira (02). Num ato de filiação no centro da capital paulista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi quem assinou o retorno de Marta ao PT. O evento também confirmou a chapa da esquerda para disputar a prefeitura de São Paulo com Guilherme Boulos (Psol) e Marta (PT) como vice.
A presidente do PT, Gleise Hoffmann, iniciou os discursos dizendo que São Paulo precisa reencontrar sua versão progressista e chegou a dizer que "Marta saiu do PT, mas o PT nunca saiu de Marta".
Marcando o tom dos discursos que serão feitos pela esquerda na pré-campanha em São Paulo, Guilherme Boulos afirmou que ele e Marta precisam combater os "extremistas", "intolerantes" e disseminadores de "fake news": “Temos a consciência de uma missão em outubro desse ano, que é derrotar o bolsonarismo na maior cidade do país. E a Marta veio para construir essa frente."
Após o discurso do psolista, foi a vez de Marta que evitou criticar a gestão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), da qual a ex-prefeita fez parte até mês passado como secretária de Relações Internacionais. “Estou muito emocionada. Voltar ao ninho, sou PT raiz e isso nunca saiu de mim. Aqui estou de volta ao meu aconchego. O Partido dos Trabalhadores nunca saiu de mim", disse ela.
Por fim, sem citar o nome de Nunes, Marta criticou os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Novamente juntos vamos derrotar o bolsonarismo e seus representantes aqui na capital. Conte comigo como parceira solidária e militante", afirmou.
Fechando os discursos o presidente Lula comparou Marta ao ex-jogador do Corinthians, Roberto Rivellino. “Você [Marta] é o nosso Rivellino da política. Por isso foi importante sua volta. Você deu muito para esse partido. O PT cometeu erros e nem todo mundo é obrigado a suportar os erros", disse Lula, afirmando ainda que a sua decisão de não ser candidato em 2014 desagradou Marta. "Eu não podia ser, era um direito da Dilma Rousseff (PT) tentar a reeleição”, afirmou Lula.
O evento também contou com a presença de vereadores, deputados federais e estaduais, além de ministros de estado e da primeira-dama Janja Silva.
Marta Suplicy não se reelegeu em SP e foi apelidada de "martaxa"
Após um mandato marcado por polêmicas, Marta foi derrotada em 2004, quando tentou a reeleição para a prefeitura de São Paulo. Na ocasião, ela foi superada por José Serra (PSDB) no segundo turno. Sua impopularidade cresceu após a criação de novos impostos cobrados aos paulistanos, que conferiu a ela o apelido de "martaxa". A então prefeita criou a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD), sobre o lixo da população, e a Contribuição Para Custeio da Iluminação Pública (Cosip), sobre a energia.
Após a derrota, Marta venceu uma eleição apenas sete anos mais tarde, recebendo 8,3 milhões de votos como senadora. Ela também foi ministra por duas vezes, a primeira na pasta do Turismo em 2007 no governo Lula e depois no Ministério da Cultura em 2012 no governo de Dilma Rousseff.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF