Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo| Foto: Celio Messias/Governo do Estado de SP
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A votação de um grande número de deputados federais do Republicanos a favor da urgência do PL das Fake News (Projeto de Lei 2.630/2020), na última terça-feira (25), gerou mal estar tanto no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, quanto em aliados e integrantes de secretarias paulistas filiados ao partido. O desconforto foi tanto que alguns já cogitam deixar a legenda e migrar para partidos como o União Brasil e o Partido Liberal (PL), a depender de como será a votação marcada para a próxima terça-feira (2).

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Nesta semana, quando um presidente municipal do Republicanos pediu ao governador Tarcísio para gravar um vídeo para a sigla, o governador se recusou afirmando para esperar a votação do PL das Fake News. Com 28 votos pelo "sim", o Republicanos foi o segundo partido da Câmara dos Deputados que teve mais votos favoráveis ao regime de urgência do PL das Fake News, depois apenas do PT, com 64. Em termos de porcentagem em relação à bancada, o Republicano ficou em sétimo lugar entre 21 partidos.

"Existe uma questão que é essencial da nossa parte, que preza pela liberdade de expressão na internet, que é justamente a criação dessa agência para ser o 'ministério da verdade'. Todos os demais pontos desse projeto são laterais. É realmente impossível de votar à favor da criação de uma agência a ser indicada por pessoas ligadas ao governo do Lula", disse o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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"Há uma coincidência estranha entre a aprovação da urgência [do PL das Fake News] e a aprovação da CPMI [de 8 de janeiro]. Por que a pressa em aprovar essa lei? Para nos calar durante a CPMI? Para que as pessoas não compartilhem o que a CPMI vai encontrar?", questionou a senadora Damares Alves (Republicano-DF) em entrevista à Gazeta do Povo, em evento promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) nesta sexta-feira (28).