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| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Os números não são nada favoráveis para a saúde dos homens brasileiros. Além de a mortalidade ser duas vezes maior que entre as mulheres, a expectativa de vida em comparação a elas também é reduzida. Eles vivem em média 69 anos, 7,6 anos a menos que elas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas esta é apenas uma face do panorama que o Ministério da Saúde pretende reverter com o recente lançamento da Política Nacional de Saúde do Homem. A resistência masculina a frequentar serviços de saúde, como explica Ângelo Contar, professor de urologia da Universidade Positivo, é especialmente grande quando os exames envolvem o toque de próstata, principalmente em homens com idade acima dos 55 anos.

Ângelo Contar diz que ao contrário das mulheres, que iniciam os exames preventivos por volta dos 14 anos, os ho­­mens começam a se preocupar com a saúde muito tarde, fazendo o check-up de próstata so­­mente aos 40 anos. "Nor­mal­­mente chegam ao médico puxados pela família e com muitos problemas, não apenas urológicos, mas também cardíacos."

Tentar diminuir a resistência masculina aos serviços de saúde tem como objetivo principal evitar mortes por câncer de próstata, o segundo mais letal no país. Ele mata mais de 10 mil pessoas ao ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ficando atrás apenas do câncer de pulmão. "Muitos homens chegam aos consultórios no estágio médio ou avançado da doença, quando já não há mais terapias curativas, apenas as paliativas", diz ele. Segundo Contar, o exame da próstata não é como o preventivo feito pelas mulheres. No homem, o exame não previne, mas faz o diagnóstico precoce, que ajuda na cura da doença.* * * * *

Diagnóstico

Veja outros pontos do programa federal:

Mudança cultural

Campanhas publicitárias e orientação médica para enfrentar a resistência masculina. Isso evita que os homens cheguem ao consultório com a doença avançada, gerando maior custo ao Sistema Único de Saúde e causando sofrimentos a si próprios e à família.

Investimentos em exames e procedimentos

Aumento do valor de repasse de oito procedimentos, ampliando o número de ultrassonografias de próstata e de cirurgias para doenças do trato genital masculino, como vasectomia, postectomia (retirada da pele do prepúcio), prostatectomia (remoção parcial da próstata) e orquiectomia (retirada de testículos em câncer de próstata).

Mais qualificação

Capacitação de médicos das equipes de saúde da família (ESF) e treinamento de pessoas de nível de escolaridade médio em áreas técnicas estratégicas para a saúde do homem.

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