Atendimento para suspeita de gripe A em Ponta Grossa tem só três médicos

No município de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, estão faltando médicos na rede pública para fazer o atendimento a pacientes com suspeita da nova gripe. Conforme mostrou reportagem do telejornal Paraná TV 1ª edição, da RPC TV, a cidade tem 188 profissionais contratados, mas apenas três aceitaram trabalhar com os casos no pronto-socorro da cidade.

"Solicitamos a todos os médicos que trabalham na rede pública para que fizessem essa atividade, porém os médicos, na sua grande maioria, não estão aceitando esse tipo de trabalho", contou Winston Bastos, secretário de saúde da cidade, ao Paraná TV. "Procuramos também médicos aposentados, que estão fora do sistema, mas como estão no grupo de risco, por terem mais de 60 anos, se recusaram a fazer esse atendimento".

No hospital municipal, uma ala inteira foi dedicada para o atendimento de pessoas que estão com sintomas da nova gripe. Esses pacientes ficam separados de outros, que apresentam outros quadros clínicos e ficam no pronto-socorro. Seria o ideal para se evitar a contaminação das demais pessoas, mas o médico que atende nas duas alas é o mesmo.

"Não é o ideal, a gente prefere que tenha um profissional em cada setor", afirmou ao Paraná TV o médico Fábio Dilda, um dos três que estão trabalhando com casos suspeitos da gripe A (H1N1). "Mas em qualquer lugar em que eu vou tomo as medidas de assepsia necessárias", garantiu.

Muitos médicos alegaram que não poderiam atender por ter outros compromissos. Para garantir o atendimento ideal à população da cidade, diretores da secretaria municipal de Ponta Grossa estudam pedir a ajuda de 39 equipes de médicos da família, que se revezariam no atendimento no pronto-socorro.

Na regional de Ponta Grossa, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou na terça-feira (4), as primeiras duas mortes em decorrência da gripe A (H1N1).