O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) indicou que a gestão de medicamentos em Paranavaí (na região Noroeste) apresentou falhas entre 2011 e 2012. A constatação veio após auditoria fiscal realizada pelo órgão e pela Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa).
De acordo com o relatório aprovado este mês pela Primeira Câmara do TCE, foram encontrados problemas na compra, armazenamento e distribuição de medicamentos feitos pela administração municipal.
Diante dos problemas, a Diretoria de Contas Municipais (DCM) elaborou uma lista com 14 recomendações ao Município de Paranavaí, incluindo a melhoria do planejamento das compras, envolvendo médicos, enfermeiros e o Conselho Municipal de Saúde.
Falhas
Uma das falhas comprovadas foi a falta da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume), que deveria ser gerada a partir de dados epidemiológicos. Segundo o tribunal, a base utilizada para as compras foi apenas a média histórica de consumo. "O planejamento não atende às necessidades da população, provocando até mesmo perda de produtos por prazo de validade vencido", apontou a auditoria.
O TCE também apontou que os remédios armazenados nas unidades básicas de saúde e na farmácia municipal estavam em consultórios e locais de ampla circulação, de fácil acesso a pacientes, acompanhantes e funcionários não preparados para manuseá-los. Além da dificuldade no controle de estoques, a falha poderia causar extravio, roubo ou consumo inadequado de medicamentos.
Já com relação ao transporte, foi constatado que os veículos utilizados não observavam as condições de luminosidade, temperatura e empilhamento recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa situação causava risco de perda de eficácia dos medicamentos.
Prazo para adequação
O TCE deu o prazo de 60 dias (a partir da aprovação do relatório da auditoria) para que a Prefeitura de Paranavaí apresente um plano de ação que atenda às recomendações corretivas do Tribunal, prevendo prazos de execução aos responsáveis pelas atividades.
A reportagem tentou ouvir o secretário de Saúde de Paranavaí, Agamenon de Souza, mas ele não foi localizado para comentar a auditoria. A decisão do tribunal é passível de recurso, no entanto, de acordo com o a assessoria do TCE, o prefeito Rogério Lorenzetti concordou com as conclusões da auditoria e se comprometeu a adotar as medidas recomendadas pela equipe técnica.
Com “puxadinhos” no Orçamento, governo Lula legaliza fracasso do arcabouço fiscal
Alexandre de Moraes procurou presidente do Banco Central para pedir pelo Banco Master
Campanha da Havaianas com Fernanda Torres leva chinelada de políticos e consumidores de direita
Próximo alvo? As semelhanças e diferenças nas ofensivas de Trump contra Maduro e Petro