O Ministério da Saúde disse nesta quarta-feira (26), em nota, que o Brasil já registra a maior quantidade de mortos pela nova gripe. Até o dia 22 de agosto, foram observados 557 óbitos pelo vírus H1N1. De acordo com o boletim, no entanto, a taxa de mortalidade do Brasil (0,29) é menor do que em outros seis países. Isto porque o percentual de óbitos é calculado em relação à quantidade de habitantes em cada país.
O ministério também ressaltou que os países adotam periodicidade diferente para a atualização do número de mortes. Os últimos dados dos Estados Unidos, por exemplo, se referem a 15 de agosto. Ainda de acordo com o boletim, os países com as maiores taxas de mortalidade estão no hemisfério sul, por causa do inverno.
O ministério disse também que, pela segunda semana consecutiva, houve queda na quantidade de casos graves da nova gripe. Segundo o boletim, a semana que vai de 16 a 22 de agosto teve uma diminuição no número absoluto de casos. A mesma tendência havia sido observada na semana que vai de 9 a 15 deste mês.
O ministério observou, no entanto, que não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois ainda existem casos em investigação ou que não tiveram as informações sobre a conclusão registradas no sistema de informação pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.
O boletim também ressaltou os riscos da doença para as mulheres grávidas. Das 480 gestantes infectadas pelo vírus Influenza A, 58 morreram.
Medida Provisória
O Ministério da Saúde também disse que o governo decidiu enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória para a liberação de um crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões para o enfrentamento da pandemia de Influenza A.
O recurso será utilizado na compra de 73 milhões de doses da vacina contra a nova gripe, além da aquisição de 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos, leitos de UTI, ampliação dos turnos nas unidades de saúde e capacitação dos profissionais.
O boletim informou ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que o Tamiflu, remédio utilizado para o tratamento do vírus H1N1, não seja utilizado por pessoas com sintomas leves ou sem fator de risco.
Mortos por estado
De acordo com o órgão federal, das 557 mortes registradas, 223 foram em São Paulo, Estado com maior número de óbitos pela doença no país. A Secretaria de Saúde paulista confirmou 179 vítimas em seu último boletim e deve atualizar os dados na sexta-feira.
No Paraná, o órgão estadual de Saúde confirmou 170 vítimas nesta terça-feira, ante 151 mortes contabilizadas pelo ministério.
No Rio Grande do Sul, são 96 mortes confirmadas pelo governo do Estado contra 98 registradas no boletim federal.
Rio de Janeiro tem 50 mortes pela Secretaria Estadual de Saúde e 55 óbitos de acordo com o ministério.
O boletim anunciou ainda nova morte no Distrito Federal, que tem apenas uma vítima confirmada pela secretaria estadual.
A Bahia também teria duas mortes, mas a secretaria de Saúde informou, em nota, ter apenas uma confirmação de óbito.
Amazonas e Paraíba têm duas mortes cada. Acre, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Norte e Roraima têm uma morte cada, segundo as secretarias Estaduais.
Nesta quarta-feira, o governo enviou ao Congresso medida provisória que prevê a liberação de crédito suplementar no valor de 2,1 bilhões de reais para o enfrentamento da pandemia de gripe H1N1 no país.
Segundo o ministério, este recurso será aplicado na compra de 73 milhões de doses de vacina contra a nova gripe e na aquisição de mais 11,2 milhões de tratamentos e equipamentos, além da qualificação de profissionais de saúde.