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A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca que parte do sucesso do mundo em combater a aids foi resultado de ter adotado a estratégia que o Brasil havia estabelecido de distribuir o tratamento a todas as pessoas. Hoje, porém, a taxa de avanço nos números brasileiros não seguem o ritmo mundial.

Mundo detém a Aids e fixa um novo objetivo: erradicá-la em 2030

Segundo o relatório da agência das Nações Unidas contra a Aids (Unaids), “a epidemia se deteve”

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“O Brasil foi o primeiro país a dar de forma gratuita uma combinação de tratamento de aids. Ao fazer isso, o Brasil desafiou as previsões do Banco Mundial”, indicou o informe.

O informe também destaca como as ameaças de quebra de patentes e as negociações com empresas garantiram preços mais baixos. Por pessoa, o tratamento custaria US$ 274 no Brasil, ante mais de US$ 2,5 mil se comprado das farmacêuticas.

Coordenador de projetos sociais do Instituto Vida Nova, Américo Nunes, de 53 anos, foi diagnosticado em 1988 e acompanhou a evolução do tratamento. “Com o resultado, falaram que eu ia viver seis meses. Hoje, temos medicamentos avançados, menos efeitos colaterais.”

A consultora de prevenção ao HIV Silvia Almeida, de 51 anos, convive com o vírus desde 1994, quando contraiu do marido, e aposta na educação do filho para que ele não se contamine. “Providencio bastante camisinha para ele e converso sobre isso. Acho que a juventude tem muita liberdade sexual, existe informação, mas os jovens não procuram saber o que é o HIV.” Balanço do Ministério da Saúde deste ano apontou que 45% dos brasileiros não usam camisinha com parceiros casuais.

Os atuais números brasileiros sobre a aids não seguem a mesma tendência mundial. No ano 2000, entre 360 mil a 500 mil brasileiros eram portadores do vírus. Hoje, ele seriam entre 610 mil e 1 milhão de pessoas.

O número de novos casos também aumentou. Em 2000, entre 29 mil e 51 mil pessoas foram contaminadas no País. Em 2014, esse número variou entre 31 mil e 57 mil. O ministério afirma que investe em ações para reduzir os casos.

“Fizemos uma campanha no ano inteiro. Há novas estratégias de prevenção, como o teste. Estamos trabalhando para que as pessoas comecem o tratamento”, diz Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.

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