Outras medidas
Exames secundários devem ser mantidos
A vacina contra o HPV é eficaz, mas ela não elimina a necessidade de outras formas de prevenção do vírus, segundo o ginecologista Gutemberg Leão de Almeida Filho, presidente da Comissão de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Isso inclui o uso de preservativos em relações sexuais e exames como o papanicolau, destinado a mulheres a partir dos 25 anos e capaz de detectar lesões que antecedem ao câncer de colo de útero. "Essa prevenção secundária precisa ser mantida por quem já recebeu a vacina", diz.
Ele recomenda ainda a os pais que investirem na vacinação que não deixem de procurar os serviços de saúde só porque os filhos foram imunizados contra o papilomavírus humano.
Serviço
Veja onde encontrar em Curitiba a vacina quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus HPV. As condições de preço e pagamento podem variar de um estabelecimento para outro:
Alergoclin (41) 3224-5295. Rua Dom Alberto Gonçalves, 74 Mercês.
Centro de Vacinas Pequeno Príncipe (41) 3310-1141. Avenida Desembargador Motta, 913 Centro.
Cevacine (41) 3322-9696. Rua Brigadeiro Franco, 974 Centro.
Clínica de Imunizações (41) 3024-4020. Rua Dr. Roberto Barrozo, 1.834 Mercês.
Clínica Paciornik (41) 3015-2015. Rua Lourenço Pinto, 61 Centro.
Frischmann Aisengart 4004-0103. Unidade Batel II Rua Alferes Ângelo Sampaio, 1.299. Unidade Alto da XV Rua XV de Novembro, 3.101.
Imunoclin Vacinas (41) 3222-8003. Rua Senador Xavier da Silva, 488 / Conjunto 106 - São Francisco.
Inalar Vacinas (41) 3222-0973. Rua Padre Anchieta, 378 Mercês.
Proteção Vacinas (41) 3342-8705. Avenida do Batel, 1.230 Batel.
O Ministério da Saúde anuncia hoje a inclusão da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) no calendário nacional de vacinação. O vírus é o principal causador de câncer de colo de útero em mulheres, e até então a vacina estava disponível apenas na rede privada.
Apesar de o modelo a ser adotado não ter sido detalhado pelo ministério, a proposta que vinha sendo estudada era oferecer a vacina para meninas com idades próximas à faixa dos dez anos, para garantir que estejam imunizadas antes de qualquer atividade sexual.
A vacinação em massa pode ser eficaz na redução de infecções entre adolescentes, como mostra uma pesquisa divulgada pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Segundo o estudo, desde 2006, quando foi introduzida a imunização junto a jovens de 14 a 19 anos, o índice de meninas infectadas pelo HPV caiu 56% entre esta faixa etária. Hoje, pelo menos um terço das adolescentes com idade entre 13 e 17 anos já recebeu as doses nos EUA.
"[A vacinação em massa] pode reduzir a cadeia de transmissão do HPV, diminuindo a incidência de câncer de colo uterino provocada pelo vírus", comenta o infectologista Jaime Rocha, do Laboratório Frischmann Aisengart, de Curitiba. "No caso dos meninos, a vacina pode ajudar a evitar câncer de laringe e do canal anal. Eles têm buscado muito as doses", cita.
Somente no Frischmann Aisengart, a procura pelo imunizante cresceu mais de 200% no ano passado. Foram 642 pacientes vacinados em 2012, contra 162 em 2011.
Aplicação
Coordenadora do Centro de Vacinas do Hospital Pequeno Príncipe, a pediatra Heloísa Giamberardino explica que existem duas vacinas contra o HPV disponíveis no mercado a bivalente, que protege contra os tipos 16 e 18 associados ao câncer e propagados por relações sexuais, e a quadrivalente, contra estas duas cepas mais as 6 e 11 relacionadas a verrugas genitais.
São necessárias três doses do imunizante. A aplicação da primeira ocorre na data escolhida pelo paciente e as demais em intervalos de dois e seis meses. Em Curitiba, cada dose quadrivalente, a mais procurada nas clínicas, custa entre R$ 290 e R$ 350.
A recomendação é que a aplicação seja feita na faixa etária entre 9 e 26 anos. "O ideal é antes do início da vida sexual, para que a pessoa já tenha anticorpos contra o HPV", afirma Heloísa, ao observar, no entanto, que não há contraindicações para que o imunizante seja estendido a pessoas de outras idades.
Proteção
Foi depois de comentar sobre o HPV com o pediatra da filha de 12 anos, Maria Eduarda, que a empresária Mirian Martins decidiu investir na vacina contra o vírus. "Pensava que era cedo, mas achei importante ir atrás. É uma proteção para sempre", analisa a mãe, que investiu nas doses também para a filha mais velha, de 26 anos. "O custo é alto, mas nossa saúde é muito mais cara", diz.
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