Maria Inês Malanga preside uma associação que alerta sobre necessidades de exames e cuidados contra o câncer de mama| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Diferença

O termo doença hereditária é muitas vezes confundido com congênita. Saiba diferenciá-las:

Doenças hereditárias

São passadas de geração em geração pelo material genético. Significa que o pai ou mãe era portador, ainda que não tenha manifestado, do gene causador do distúrbio. Os sintomas podem aparecer em qualquer idade, dependendo do tipo de doença.

Doenças congênitas

São aquelas que surgem ainda no período de gestação ou logo após o nascimento da criança. Geralmente estão relacionadas à má-formação do feto. Os pais não precisam ser, obrigatoriamente, portadores de doenças semelhantes, embora também existam doenças hereditárias consideradas congênitas.

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Genes

Explicações da ciência

Apesar de filhos de pais com um gene defeituoso também o carregarem, nem sempre se manifesta causando a doença. É que cada pessoa tem uma carga genética do pai e da mãe. Se um pai tem um gene com uma anomalia, mas a mãe tem o mesmo elemento, porém normal, o filho poderá nascer tanto saudável, quanto doente. Isso dependerá de qual gene é o dominante. Os exames genéticos tem o objetivo de descobrir essa relação.

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Se termos como "hereditário" e "congênito" ainda são capazes de dar um nó na cabeça de qualquer um, uma terceira definição é ainda mais próxima (e consequentemente mais confundida) do conceito de hereditariedade. São as doenças com fatores hereditários. Embora não sejam causadas exclusivamente pela herança de um gene com defeito, têm isso como uma de suas características. Explica-se. É que essas doenças combinam a predisposição genética a fatores externos, como hábitos de vida pouco saudáveis.E é justamente nesse quesito que estão as doenças mais comuns do século 21. "Os distúrbios hereditários são aqueles mais impactantes à primeira vista, que parecem mais sérios e, geralmente, mais raros. Já as de caráter hereditário são um grande mal atual", diz Rubens Zenobio, cardiologista da Santa Casa de Curitiba. Entre elas, o especialista aponta obesidade, diabetes, acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão como as que mais ocorrem. "Juntas são a principal causa de morte na atualidade."Segundo Zenobio, a característica genética tem peso. "Obser­vamos filhos de pais diabéticos. Eles têm o dobro de chances de desenvolver a doença", diz. Porém, para que ela ocorra, é preciso mais do que isso. "A pessoa torna-se uma espécie de candidata à doença. Para desenvolvê-la, no entanto, precisa descuidar de seu bons hábitos de vida. Ge­­ralmente são fumantes, que não têm uma dieta balanceada e de vida sedentária", diz.Para evitá-las, o médico dita a fórmula: a regra das atividades físicas, aliadas a uma boa alimentação e consultas frequentes aos consultórios médicos. "Isso vale para qualquer um. Se você tem alguém na família com um histórico de alguma dessas doenças, deve redobrar a atenção."