Em novembro, um surto de bebês com malformação irreversível do cérebro foi relacionado à contaminação das mães por zika vírus.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O número de crianças com suspeita de microcefalia no país aumentou para 2.975, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério da Saúde (veja os dados). A pasta também investiga a morte de 40 bebês com suspeita de terem a malformação devido ao zika vírus.

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Os dados são de registros feitos até o dia 26 de dezembro. Ao todo, 656 municípios de 19 estados e do Distrito Federal têm casos sob investigação. Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso apresentaram diminuição de casos. No balanço anterior, divulgado na última terça-feira (22), eram 2.782 os recém-nascidos com suspeita de microcefalia relacionada ao zika, em 618 cidades de 20 unidades da Federação.

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De acordo com o boletim divulgado nesta terça (29), Pernambuco, primeiro estado a identificar o aumento de casos de microcefalia no país, continua no topo da lista, com 1.153 casos em investigação, o que representa 38,76% das suspeitas em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), do Rio Grande do Norte (154), de Sergipe (146), do Ceará (134), de Alagoas (129), do Maranhão (94) e Piauí (51).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o zika vírus começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre deste ano, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelozika vírus. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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