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Saiba mais sobre as amídalas |
Saiba mais sobre as amídalas| Foto:

Sinais

Saiba identificar problemas nas amídalas, principalmente das crianças, em virtude do aumento de volume desses tecidos

- Ronco.

- Sono agitado.

- Falta de respiração por alguns instantes enquanto dorme.

- Suor excessivo durante o sono.

- Irritação durante o dia.

- Dificuldade em deglutir alimentos mais sólidos.

Fontes: Lauro Alcântara, chefe do Serviço de Otorrinopediatria do Hospital Pequeno Príncipe.

A cirurgia de retirada das amídalas em crianças e adultos não é mais tão comum como foi na década de 1960, quando qualquer dor de garganta era motivo para a extração. Com pesquisas mais intensas a partir dos anos 1970, os médicos passaram a ser mais criteriosos. Hoje as cirurgias são realizadas de forma restrita, quando interferem de forma muito negativa na qualidade de vida diária do paciente.

Segundo o otorrinolaringologista Odilon Ferreira Neto, da Paraná Clínicas, naquela época não se sabia sobre a responsabilidade das amídalas de produzir anticorpos – apenas que eram barreiras de proteção contra a entrada de vírus e bactérias no organismo. "Além dos estudos mais aprofundados, passaram a surgir queixas de pacientes, que começavam a ter outros problemas, como faringite e laringite. Esses motivos também serviram de alerta para os médicos analisarem melhor os critérios para extração."

A principal indicação para cirurgia é no caso de apneia do sono, provocada por amídalas muito inchadas – aumentadas de tamanho, mas sem infecção. O volume faz com que encostem uma na outra, impedindo a respiração por alguns instantes e provocando ronco. A deglutição de alimentos mais sólidos também fica dificultada.

Apneia na infância

O otorrinolaringologista Lauro Alcântara, chefe do Serviço de Otorrinopediatria do Hospital Pequeno Príncipe, explica que os episódios de apneia em crianças são mais comuns entre 2 e 5 anos. Segundo ele, não há uma explicação lógica para acontecer em uma pessoa e não na outra. "É uma resposta imunológica, que varia muito entre os indivíduos e não tem prevenção."

De cada dez cirurgias de retirada de amídalas em crianças, nove são por motivo de obstrução da garganta. Após a operação, as crianças se desenvolvem bem melhor. "Elas passam a ter um sono tranquilo. O sono ruim interfere inclusive no crescimento", diz Neto. Ele afirma que o problema também afeta a harmonia facial. A musculatura fica flácida (boca aberta e olhos caídos) e a arcada modificada (dentes tortos).

A cirurgia é considerada um procedimento simples. O paciente volta para casa no mesmo dia. A partir da extração, a dieta deve ser líquida e gelada durante cinco a sete dias.

Amidalites

As amidalites bacterianas constantes vêm a seguir na escala de indicação para cirurgia. No Sul, a recorrência é maior, por causa das baixas temperaturas. As recomendações para prevenir são as mesmas para evitar resfriados, como evitar friagem e alimentos gelados. As amídalas ficam inchadas, vermelhas e com placas de pus. Os principais sintomas são dor de garganta e dificuldade para engolir, além de febre alta. O problema é tratado com anti-inflamatório, analgésico, antitérmico e antibiótico.

A amidalite viral é a mais comum e que menos compromete. A febre é baixa e não há formação de placas de pus. O tratamento é com os mesmos medicamentos, exceto antibióticos. "A amidalite é muito confundida com faringite. Nesse caso, é uma irritação, tratada com anti-inflamatório, sem necessidade de cirurgia", explica o otorrinolaringologista Marcos Mocellin, chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e presidente da Associação Pan-Americana de Otorrinolarin­gologia.

Defesas

As dúvidas mais frequentes sobre a retirada são com relação à redução das defesas do organismo. De acordo com Mocellin, as amídalas são responsáveis por cerca de 2% do sistema imunológico. "O próprio organismo se encarregará de compensar essa falta. Se a qualidade de vida da criança e, consequentemente, dos pais está prejudicada, não há nenhuma contra-indicação para a cirurgia", afirma.

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