Cuidados
Veja algumas atitudes que podem diminuir o incômodo no momento de crise de rinite:
Higiene
A limpeza com pano úmido e a retirada de objetos que acumulem pó não são as únicas soluções para minimizar o desconforto da rinite. Lavar o nariz com soro fisiológico, de manhã e à noite, é uma das principais recomendações dos otorrinolaringologistas.
Equipamentos
Umidificadores e purificadores de ar podem diminuir o incômodo no momento da crise. Eles funcionam como coadjuvantes do tratamento, desde que limpos.
Na hora de dormir
Travesseiros e colchões devem receber capas antialérgicas. Adesivos que ajudam a abrir as válvulas nasais também auxiliam.
Remédios
Os medicamentos que controlam a rinite (e que devem ser usados não só nos casos alérgicos, mas também nos irritativos, quando diagnosticados) estão mais avançados. Eles agem rápido e os efeitos colaterais diminuíram. "Os antialérgicos de segunda geração, por exemplo, reduziram em 80% a sonolência, um dos reflexos corriqueiros e indesejados dos antigos remédios", diz a alergista Ana Paula Castro.
Aplicação nasal
Outro aprimoramento está na aplicação nasal, que permite que os corticoides, presentes nas fórmulas, tenham um contato reduzido com a corrente sanguínea, já que a substância e em excesso engorda e deixa a boca seca. "A rinite não é uma doença grave, ninguém morre de rinite. Mas ela interfere muito na qualidade de vida da pessoa, com influência no sono, o que afeta a concentração", enfatiza a alergologista do Hospital Pequeno Príncipe, Sinara Sorice.
Fontes: Da Redação, com Agência Estado
Espirros seguidos, congestão nasal e uma coceira nos olhos, nariz e garganta que parece não acabar nunca. Esses são sintomas da rinite, doença alérgica que acomete cerca de 10% da população mundial. Quem tem a doença, cujas causas principais são ácaros e poeira, já nasce com ela. A manifestação costuma acontecer ainda na infância, geralmente depois do primeiro ano de vida.
O agravante é que, agora, os cientistas estão preocupados com um outro tipo de rinite: a irritativa, que ganha espaço nas cidades, geralmente em metrópoles poluídas (como São Paulo, por exemplo). Em um ano, as queixas nos consultórios de pacientes adultos que nunca tiveram o problema aumentaram 30%, segundo a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia. Um dos principais "vilões", segundo os médicos, é o crescimento econômico a poluição dos automóveis e a poeira levantada pelas obras pioram o quadro.
"Entre as doenças respiratórias, a rinite foi a única que registrou aumento além do esperado e em pacientes que nunca tiveram nada parecido", diz a otorrinolaringologista Francine Pádua, membro da diretoria da Academia Brasileira de Rinologia. Os poluentes no ar são os principais responsáveis pela rinite irritativa. "Partículas nocivas acumuladas na atmosfera aceleram inflamações da mucosa nasal", diz o otorrinolaringologista chefe do Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas, em São Paulo, João Mello Junior.
Com dinheiro para gastar, as pessoas adquiriram mais produtos que, em casa, viram acumuladores de pó e que são inadequados para pacientes alérgicos, como almofadas, cortinas, tapetes e brinquedos. Objetos que Joseli de Mello Xavier Nakao, mãe de Gabriel, de 9 anos, teve de se desfazer desde que o filho foi diagnosticado com o problema, ainda bebê. "Deixo a casa bem arejada durante o dia e limpo com um produto contra ácaros. Também não varro a casa, só passo um pano úmido, para não levantar poeira." Joseli e o marido, Nilton, também tiveram de encontrar uma solução para que Gabriel tivesse um bicho de estimação. "Como ele também é alérgico a pelos de animais, acabamos comprando uma tartaruga."
Os pais de Gabriel são alérgicos, o que explica a doença, que é de herança genética. "Para desenvolver a inflamação, a pessoa precisa ter o substrato genético com predisposição para reagir a algumas substâncias", explica a alergologista chefe do serviço de alergia do Hospital Pequeno Príncipe e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia seção Paraná, Sinara Sorice. Segundo ela, as chances de ter rinite saltam para 55% quando os pais têm o problema, contra 10% quando não há casos na família.
Clima
O tempo seco do último inverno, que foi intenso e durou semanas seguidas, leva parte da culpa nos casos de rinite irritativa. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo mostram que nas oito estações que medem a qualidade do ar houve uma redução de 40,5% nas medições consideradas boas entre abril e setembro deste ano, em relação a 2009 na capital paulista. Choveu pouco. E a frota de carros ganhou mais de 250 mil veículos desde setembro do ano passado.
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