Basta dar uma passada pelos principais parques de Maringá para assistir a uma maratona diária, realizada pelos maringaenses, principalmente no início da manhã e ao fim da tarde. A quantidade de pessoas praticando exercícios físicos ao ar livre é grande. É a prova irrefutável de que as pessoas estão sacudindo a preguiça e aproveitando os espaços.
Dentre todos esses moradores que são um pouco atletas, tem gente que gosta de apertar o passo e partir logo para a corrida - exercício que faz muito bem para o corpo e para a mente e não exige nenhuma habilidade especifica. Mas antes de se aventurar por aí, não adianta ter pressa. É necessário ter alguns cuidados.
Até que tenha bom condicionamento físico, o corredor deve alternar períodos de corridas com caminhadas. No início, o melhor é correr em áreas planas até que aumente a resistência cardiovascular.
Depois, altere corridas em subidas e descidas para que gere mais força muscular. Evite lesões buscando o tênis, meia e roupa mais adequados. A camiseta deve ser leve e confortável para não prejudicar o rendimento.
Deixado o sedentarismo de lado, dá para incluir a atividade física ao ritmo de vida e desfrutar os benefícios que ela tem a oferecer. Depois de sentir o efeito da endorfina - a substância produzida pelo cérebro através do estímulo de exercícios físicos aeróbios, que modula dor e estresse - é difícil abandoná-la. E é aí que nascem os corredores, que intensificam o desempenho do dia a dia nas competições e maratonas.
Cultivando amizades
Buscar quem realmente gosta de correr e não faz apenas por atividade física também contribui com a prática nas ruas. "Correr é uma atividade monótona e muita gente não gosta de correr na rua, prefere as esteiras, com a tevê na frente. O melhor é buscar o grupo que goste de correr. E não há um número ideal para isso", explica o professor doutor em fisiologia e revisor científico da Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Alberto Inácio da Silva.
Reunidos em oito, os amigos do engenheiro florestal Ronaldo Gnypek costumam correr juntos em competições e consideram a experiência em grupo muito melhor que sozinhos. "Nossa ideia é unir o pessoal e se divertir em volta de algo saudável, independentemente do tempo de prática que cada um tem. Na nossa equipe temos quem corre há algum tempo, gente que começou há pouco, mas todos faziam algum tipo de atividade física", conta.
Correr à noite
Quando bem ambientado, o organismo pode ter uma resposta melhor para praticar a corrida durante a noite em relação ao dia. "Pela manhã, a temperatura é maior e a pessoa sente mais sede, mais cansaço. À noite é mais agradável, com temperaturas mais amenas", explica o diretor técnico da Assessocor, Edson Bortolaci. Por outro lado, o horário noturno demanda alguns cuidados, especialmente durante os treinos.
A acuidade visual à noite é menor e o corredor de rua deve prestar atenção redobrada ao trânsito. "É importante usar um uniforme refletivo, com cores fortes, para que seja bem visualizado por todos", comenta Carlos Eduardo de Oliveira, professor da Carbono Assessoria Esportiva.
Ainda no quesito vestimenta, mesmo com temperaturas mais baixas, usar blusas e mangas compridas pode ser desnecessário. "Coloque uma luva e uma touca, porque a circulação sanguínea nas extremidades é menor, mas o tronco, braços e pernas pode deixar livre, porque a temperatura do corpo vai aumentar com a corrida", diz o professor doutor em fisiologia e revisor científico da Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Alberto Inácio da Silva.
Seguindo todos esses cuidados, o publicitário Bruno Real optou pela corrida após o pôr do sol. Para ele, o horário noturno começou como única opção de tempo que tinha e virou a melhor escolha. "Gosto de correr para terminar o meu dia, não para começar".
Deixe sua opinião