Curitiba já superou meta de vacinação estabelecida pelo Ministério da Saúde| Foto: Ivonaldo Alexandres/Gazeta do Povo

Aids: Vacina pode gerar falso positivo de HIV

Rio de Janeiro - Pessoas que tomaram vacina contra a gripe suína podem imaginar, equivocadamente, que têm o vírus da aids, caso façam o exame para detectar o HIV até 30 dias após a imunização contra a gripe.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a vacina contra a gripe suína aumenta a quantidade de um tipo de anticorpo que o exame para o HIV interpreta como indicativo da contaminação pelo vírus da aids. Mas o resultado positivo, nesse caso, é falso.

"Toda a rede de atendimento a DSTs [doenças sexualmente transmissíveis] está alertada para avisar quem for fazer exame para HIV de que, se a pessoa tomou a vacina contra a gripe nos 30 dias anteriores, o resultado pode ser falso positivo", afirmou o ministro. "Caso dê positivo e a pessoa tenha tomado a vacina nos 30 dias anteriores, é preciso fazer um outro exame, mais sofisticado, que não está sujeito ao falso positivo", disse Temporão.

Quando o exame para detecção do HIV é feito mais de 30 dias depois da vacinação contra a gripe suína, a possibilidade de dar falso positivo desaparece, segundo o ministro.

Segundo o Ministério da Saúde, nenhum caso de falso positivo foi registrado em exames de HIV no Brasil até agora. Essa possibilidade foi constatada por um estudo realizado nos Estados Unidos.

Folhapress

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O Ministério da Saúde incluiu as crianças de 2 a 4 anos de idade na campanha nacional de vacinação contra a gripe A (H1N1), a gripe suína. A estimativa é que sejam imunizadas 9,6 milhões de crianças desta faixa etária, 470 mil apenas no Paraná. A vacina estará disponível nos postos a partir de segunda-feira. O ministro José Gomes Temporão também anunciou a prorrogação, até o dia 2 de junho, da vacinação para os grupos que não atingiram a meta.

Serão utilizadas, para o novo grupo, 10,8 milhões de doses que estavam no estoque do Ministério da Saúde, reservadas para even­tualidades durante a campanha e que não precisaram ser utilizadas. As crianças entre 2 e 4 anos receberão duas meias doses da vacina, com intervalo de 21 dias entre cada aplicação. Segundo o ministério, depois dos grupos já incluídos, são elas que apresentam maior vulnerabilidade à doença.

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A campanha de vacinação, que terminaria ontem, foi prorrogada até o dia 2 de junho. O Ministério da Saúde também recomendou aos municípios que reforcem a campanha, inclusive indo atrás das pessoas que ainda não se vacinaram e que estejam nos grupos que não atingiram a meta de 80% de cobertura. No Paraná, a imunização de gestantes e de adultos de 30 a 39 anos ainda está abaixo da expectativa.

Filas nos postos

Sem saber que a campanha seria prorrogada, centenas de pessoas procuraram os postos de Curitiba ontem. Em algumas unidades, as pessoas tiveram de enfrentar fila para tomar a vacina. Na Unidade de Saúde Medianeira, no bairro Boa Vista, haviam sido distribuídas 103 senhas para vacinação até as 14 horas. Outras unidades que tiveram movimento grande foram a do Capanema, no bairro Prado Velho, e Ouvidor Pardinho, no Rebouças.

Uma das pessoas que procurou os postos ontem foi Gilmara Santos, 38 anos, que trabalha como porteira de um prédio. Ela aproveitou o horário de almoço para se vacinar. "Minha vizinha levou meus filhos no postinho do Campo Comprido, onde eu moro. Mas eu mesma não tinha conseguido tempo para me vacinar até agora", conta.

A médica Ana Paula Silva já havia se vacinado na primeira etapa da campanha. Mesmo assim, ela fez questão de acompanhar os pais até o posto. "Eles chegaram hoje de viagem e vieram direto do aeroporto para tomar a vacina", contou. Na Unidade da Saúde do Bachacheri, cerca de 30 pessoas aguardavam na fila por volta das 14 horas. Uma delas era a comerciante Eliane do Rocio de Almeida, 37 anos. "A gente vai prorrogando, deixando para depois, mas hoje, mesmo com chuva, eu vim", disse.

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Em todo o Brasil foram vacinadas 61,5 milhões de pessoas até ontem, 70% do público-alvo da campanha. A Secretaria de Saúde do Paraná informou que o estado atingiu 88% de cobertura, com aplicação de 4,2 mi­­­lhões de doses. Trabalhadores da saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas (in­­­­cluindo idosos) e crianças me­­­nores de dois anos já foram todos vacinados. Nos adultos entre 20 e 29 anos e 30 a 39 anos a aplicação atingiu 83% e 45% respectivamente, e nas gestantes, 77% do total esperado.