O vendedor Wanderson Marcondes Santos, de 25 anos, usou aparelho fixo por seis anos para tratar um problema de mordida cruzada. Ele conta que na adolescência mordia muito a língua, o lábio e o canto interno, sempre do lado direito da boca, quando comia. Agora que está em fase de finalização do tratamento, usando aparelho móvel, Santos tem o apoio de uma fonoaudióloga para concluir o processo. No caso dele, o repouso da língua, que deveria ser no céu da boca, acontecia no "assoalho". "Quando falo ou engulo alguma coisa encosto a língua nos dentes. Além de dificultar a deglutição, atrapalha na fala e na estética". Santos faz exercícios que ajudam a fortalecer o músculo da língua. "O movimento certo é encostar a língua no céu da boca e fazer uma onda para engolir. Mas para dar resultado tenho que me policiar, até que o cérebro entenda e eu faça isso automaticamente. Afinal, foram 18 anos engolindo de maneira errada". O relacionamento com as pessoas também melhorou muito nesses cinco meses de tratamento fonoaudiológico. "Às vezes as pessoas não entendiam o que eu falava e tinha que repetir as palavras várias vezes, gerando desconforto."
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