Foz do Iguaçu - O número de casos de dengue registrados nas quatro primeiras semanas de 2010 no Paraná subiu 140% em relação ao ano passado. Até o dia 27, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), foram confirmados 73 casos, sendo 36 au­­tóctones (contraídos no Paraná) e 37 importados (contraídos em outros estados ou países). Nas cinco primeiras semanas de 2009, ape­­nas 30 casos foram notificados: 22 autóctones e 8 importados.

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Para o coordenador substituto do Departamento de Vigilância Ambiental da Sesa, Ronaldo Tre­­visan, esse crescimento é resultado do relaxamento na prevenção. "A população costuma ter um cuidado muito grande durante o período epidêmico, mas depois, apesar de todo o esforço do poder público, abaixa a guarda", explica.

Os casos confirmados foram re­­gistrados em 18 cidades de abrangência das regionais de saú­­de de Maringá, Foz do Iguaçu, Londrina, Cascavel, Toledo, Cianorte e Campo Mourão. Os números de casos por cidade ou re­­gional de saúde não foram di­­vulgados pela Sesa. Ao todo, até o dia 27 deste ano, 663 casos suspeitos foram notificados. No mesmo período de 2009, esse número foi de 922.

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De acordo com Trevisan, uma epidemia de dengue em 2010 no Paraná não está distante, principalmente depois do resultado do último levantamento do Índice de Infestação Predial (IIP), realizado no início de 2010. O IIP mos­­­­tra que mais de 80% dos 399 municípios paranaenses estão com índice acima do 1% recomendado pelo Mi­­nistério da Saúde, e 30% das cidades estão com índice acima de 4%, ou seja, foram encontrados quatro focos de mosquito a cada 100 casas visitadas. As cidades com maior índice são Doutor Camargo (24,6%), Quatro Pontes (17,5%), Mercedes (15,45%), Astorga (10%) e Paranavaí (9,4%). "Se os municípios não reagirem rapidamente, nós correremos um grande risco de enfrentar uma nova epidemia", afirma.

A Sesa lançou a campanha "Verão Sem Dengue", intensificando o combate ao mosquito. O projeto segue até meados de fevereiro, quando começa outra campanha: "Volta às aulas sem dengue". "Aparticipação da população é fundamental para diminuir esses índices", diz Trevisan.