A epidemia de dengue levou o prefeito de Campo Grande (MS), Alcides Bernal (PP), a decretar situação de emergência na cidade. Nos vinte primeiros dias deste ano, foram registradas 9.320 notificações de pessoas atendidas com suspeita da doença.

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Uma mulher de 45 anos que estava internada no Hospital Regional morreu no último dia 7 com a doença. Ela era portadora de câncer, o que complicou o seu quadro clínico.

"A situação é preocupante. Nas unidades básicas de saúde estamos atendendo mais de cinco mil pessoas por dia. Estão sendo feitas mais de 600 hidratações de pacientes com sintoma de dengue por dia", afirmou o médico Victor de Oliveira, que coordena as ações de combate da doença.

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No decreto de situação de emergência publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, o prefeito Alcides Bernal justifica que a medida serve para que "o poder público dê uma resposta urgente no combate á epidemia de dengue". Em 2007 e 2010, Campo Grande enfrentou epidemia da doença. Naqueles anos, foram registrados mais de 12 mil casos só no mês de janeiro.

Segundo Victor de Oliveira, a situação de emergência vai permitir que a Prefeitura realize as ações de modo mais rápido, pois nesses casos o poder público pode, por exemplo, comprar medicamentos em casos de urgência sem a necessidade de realizar licitação pública, o que levaria em média 90 dias. Além disso, a administração poderá contratar profissionais sem concurso público, em caráter temporário.

Desde o dia 5 a Prefeitura realiza o programa Saúde em Ação, em que o atendimento vem sendo agilizado tanto nos postos de saúde 24 horas como nas sete unidades básicas - em três delas o atendimento vai até a meia-noite, quando normalmente o expediente se encerra às 17h.