O aumento de casos de dengue no Paraná preocupa turistas com planos de viajar para o litoral, principalmente as gestantes, já que o zika vírus, principal suspeito de causar microcefalia em recém-nascidos, é transmitido pelo mesmo mosquito que propaga a dengue. De acordo com dados da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa), aRegional de Paranaguá – formada pelos municípios de Antonina, Guaratuba, Morretes, Matinhos e Paranaguá –registrou 132 casos suspeitos de dengue de julho de 2014 a julho de 2015. Já entre os meses de julho e dezembro de 2015, foram338. Destes, 113 são considerados auctónes – ou seja, o paciente foi contaminado na própria cidade – e foram confirmados por exames laboratoriais na cidade de Paranaguá.
Repelentes devem ser aplicados a cada 2 horas
Caso não seja possível evitar regiões com casos de zika vírus, é importante tomar alguns cuidados, como a utilização de repelentes e roupas compridas para evitar o contato com o mosquito. De acordo com o ginecologista e obstetra Edison Tizzot, do Hospital Nossa Senhora das Graças, todos os repelentes podem ser utilizados por grávidas, mas o produto precisa ser reaplicado de duas em duas horas, sem exceção. “Se as gestantes utilizarem outros produtos, como filtro solar, o repelente sempre deve ser aplicado por último”, explica.
Outro cuidado deve ser com o jardim, evitando a água parada e, desta forma, a incidência do mosquito Aedes aegypti. Segundo Tizzot, também é preciso limpar os locais em que a água estava parada com água sanitária, esfregando bem. “Caso contrário, o vírus pode sobreviver por até um mês”, afirma. (L.B.)
Para Ivana Belmonte, chefe do Centro de Vigilância Ambiental da Sesa, um inverno com altas temperaturas – como o de 2015 – permitiu o proliferação do mosquito Aedes aegypti. “O litoral também é uma região de possível entrada do vírus pelo grande fluxo de pessoas, por ser uma região portuária”, afirma. Entre as ocorrências confirmadas, 28 foram consideradas casos de dengue com sinais de alarme, quando o paciente apresenta alguns dos sintomas mais graves da doença, como dor abdominal, vômito, tontura, hemorragia e dificuldade para respirar.
Precaução
A advogada Nicole Fanucchi tem 32 anos e está grávida do primeiro filho. Por precaução, ela cancelou os planos de visitar o Nordeste durante o verão – e qualquer outro lugar em que doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti tenham sido registradas. “É melhor não arriscar”, afirma.
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Leia a matéria completaPara o ginecologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Edison Tizzot, a atitude está correta. De acordo com o médico, com a falta de dados concretos sobre a relação entre o zika vírus e microcefalia, a melhor atitude é adiar a viagem.
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