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Ter diabete potencializa as chances de a pessoa apresentar colesterol alto e, consequentemente, aumenta os riscos de problemas como enfarte e acidente vascular cerebral (AVC). Foi o que mostrou um levantamento feito pelo laboratório Frischmann Aisengart, baseado em exames realizados no primeiro semestre deste ano. O estudo marca o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, comemorado hoje.

A pesquisa revelou que cerca de um em cada quatro pacientes diabéticos estava com a taxa de colesterol elevada. Nos pacientes em que a diabete não estava controlada, esse índice chegou a 45% nas mulheres e a quase 38% nos homens.

"Isso é preocupante porque, por si só, a diabete exige atenção e é fator de risco para uma série de doenças, como enfarte e AVC. Somando isso a um quadro de colesterol elevado, o processo de obstrução das artérias se acelera e o risco de morte aumenta", explica Mauro Scharf, diretor médico e endocrinologista do Fri­­schmann Aisengart.

O médico cardiologista e coordenador da unidade coronariana do Hospital Cos­­tan­­tini, Marco César Jonson Bar­­bosa, lembra que, entre os fatores de risco cardiovascular, como estresse, hipertensão, obesidade, tabagismo e colesterol alto, a diabete é o que exige mais atenção.

"Uma pessoa com diabete tem 20% mais chances de enfartar em 10 anos do que um paciente sem a doença. E a taxa de reincidência é alarmante. Um diabético enfartado tem 40% de chances de ter um novo enfarte em uma década", diz Barbosa. Por isso, quando o paciente tem diabete, os médicos costumam manter metas mais incisivas para o controle do colesterol.

Os números apontados pelo levantamento reforçam, ainda, a importância da prevenção, dizem os médicos. "O ideal é praticar atividade física pelo menos três vezes por semana, manter uma alimentação equilibrada, o peso ideal e se livrar do estresse", afirma Scharf.

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