Foz do Iguaçu - Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a dengue pode evoluir para o tipo hemorrágico já na primeira infecção, e não apenas quando o paciente está com a doença pela segunda vez. Além disso, a maioria das pessoas que contrai o vírus mais de uma vez não apresenta a forma mais grave. Quanto aos riscos, o maior perigo não está nos possíveis sangramentos, mas nas consequências do nível de pressão arterial, que fica bastante baixo.

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O período mais perigoso da dengue hemorrágica pode se desenvolver nos três primeiros dias depois que a febre começa a baixar, quando aparecem outros sintomas como dor no fígado, tontura, desmaios, calafrios, fezes escurecidas – parecidas com borra de café –, sangramentos nas gengivas, nariz e boca, manchas vermelhas na pele, sonolência, confusão mental, sede excessiva, boca seca e perda de consciência. Nesses casos, a recomendação é procurar um médico imediatamente.

Tipos de vírus

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De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, desde o segundo semestre do ano passado estão circulando no Paraná três – Den-1, Den-2 e Den-3 – dos quatro tipos de vírus já identificados, fato que não ocorria desde 2000. "Isso é uma agravante porque aumenta a probabilidade de uma pessoa desenvolver a versão mais grave", alertou, ao apontar que, de cada cinco casos de dengue hemorrágica, três acabam em morte.

Assim como para a dengue clássica, não existem medicamentos para se combater a hemorrágica. O tratamento ata­­­ca apenas os sintomas. Para tanto, os médicos aconselham a ingestão de bastante líquido, o que ajuda a evitar a desidratação, e o uso de analgésicos e medicamentos que diminuam a febre. Aqueles cuja fórmula contenha ácido acetilsalicílico, como AAS, Aspirina, Doril e Melhoral, não são indicados por interferir na coagulação, aumentando os riscos de he­­­morragia.