Gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 dois anos serão vacinados até 2 de abril| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Mais vacinas para os trabalhadores da saúde

A imunização dos profissionais de saúde contra a nova gripe foi encerrada na sexta-feira em todo o país, mas continua na capital paranaense. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, entre quarta e quinta-feira o município recebeu 20 mil novas doses. Com isso também, profissionais que não iriam receber a vacina – como os que atuam em clínicas e consultórios particulares – serão incluídos nos grupos prioritários. "Tem muito pneumologista e otorrinolaringologista que não estão em hospitais e atendem pacientes com gripe e não foram contemplados", disse a enfermeira da Central de Vacinas do município, Raquel Farion. A previsão inicial era imunizar 38 mil trabalhadores, mas, com as novas doses, os números podem ultrapassar 40 mil.

Bruna Maestri Walter

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Gestantes não precisam ter receio

Informações que circularam na internet aumentaram o receio em relação à vacina da gripe A (H1N1), principalmente entre as gestantes.

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Vacinação

Veja quais as próximas etapas da vacinação contra a gripe H1N1 e quais os grupos que estão incluídos na campanha do Ministério da Saúde Até o dia 2 de abril serão vacinados gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 anos. Confira

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O primeiro dia da segunda etapa da vacinação contra a gripe A (H1N1) foi marcado por dúvidas da população e problemas nas distribuição das doses, em municípios do interior do Paraná e no Rio de Janeiro. O principal problema, ontem, foi na entrega da vacina especial para as gestantes, que recebem doses sem adjuvantes (potencializadores da ação da vacina). Até o dia 2 de abril, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos e doentes crônicos (exceto idosos) serão vacinados. Nesta fase devem ser imunizados 20,3 milhões de pessoas no Brasil.

No Paraná, houve atraso na distribuição da vacina em Londrina, no Norte do estado, em algumas unidades de saúde de Cascavel, na região Oeste, e em Umuarama, no Noroeste. Em Londrina, gestantes que procuraram algumas unidades básicas de saúde, na manhã de ontem, foram surpreendidas com a informação de que só haverá vacinas na próxima semana. O chefe da 17ª Regional de Saúde, Adilson de Castro, porém, afirmou que as doses estavam disponíveis para a retirada desde as 14h da sexta-feira e que Londrina "optou por retirá-las" apenas na manhã de ontem. A gerente de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Sandra Caldeira, disse que não poderia conversar com a reportagem.

Outro problema, ocorrido em Cascavel, foi a exigência de atestados médicos aos doentes crônicos para a aplicação da vacina, segundo informações da RPCTV. A orientação do Mi­­nistério da Saúde é que a pessoa apenas declare que tem uma doença crônica para ser imunizada (veja relação de doenças nessa página).

Em Curitiba, o atestado médico não foi exigido e a vacinação ocorreu normalmente, mas foi marcada por dúvidas da população.

Houve quem foi ao posto de saúde, mas perdeu a viagem. "Vi na televisão sobre a campanha e não consegui tomar nota das datas. Achava que ia começar hoje", disse a dona de casa Olenir Janoski, 73 anos. A pensionista Rosy Koehler também teve que voltar sem a vacina. "Vou para Paris e queria tomar a vacina agora, caso dê alguma reação".

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Outra dúvida comum ontem na capital paranaense era em relação ao limite de idade das crianças incluídas na campanha. A dona de casa Marilda Bender levou a filha de 2 anos e 8 dias à unidade Mãe Curitibana. Mas, ao chegar lá, descobriu que a menina não poderia receber a vacina. "Falaram que só vacinam as crianças com 1 ano 11 meses e 29 dias", afirmou a mãe. "Mas a gripe não vai dizer para a minha filha ‘você tem mais de 2 anos, não vou bater em você’."

Pelo país

Dois terços dos municípios do Rio de Janeiro deixaram de iniciar ontem a imunização de grávidas contra a gripe suína. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, as doses para gestantes só chegaram na tarde de quinta-feira passada e não houve tempo hábil para que todos as prefeituras buscassem o medicamento na capital. A vacinação de crianças e doentes crônicos ocorreu normalmente.

Em nota, o Ministério da Saúde se referiu aos problemas como pontuais e informou que todas as pessoas que estão nos grupos prioritários serão vacinadas. "Pelo ineditismo e tamanho dessa operação de vacinação – que pretende imunizar até 91 milhões de pessoas em menos de três meses em todo o país –, é possível que haja alguns problemas pontuais de logística. Mas é preciso tranquilizar a população: todos que estão nos grupos prioritários serão vacinados."