Onde foram registradas as 23 mortes
Matinhos 1 óbito
Curitiba 4 óbitos
Pinhais 1 óbito
Piraquara 1 óbito
Quintandinha 1 óbito
São José dos Pinhais 3 óbitos
Fazenda Rio Grande 1 óbito
Ponta Grossa 1 óbito
Irati 1 óbito
São Mateus do Sul 1 óbito
Dois Vizinhos 1 óbito
Capitão Leônidas Marques 1 óbito
Astorga 1 óbito
Apucarana 1 óbito
Londrina - 1 óbito
Cornélio Procópio - 1 óbito
Santo Antonio da Platina - 1 óbito
Tibagi - 1 óbito
* fonte: Sesa
108 mortes confirmadas no Sul
A Região Sul já contabiliza 108 mortes em consequência da Gripe A: 23 no Paraná, 33 no Rio Grande do Sul e 52 em Santa Catarina. Os três estados já contabilizam 1,6 mil casos da doença.
Em Santa Catarina, metade das mortes registradas teria ocorrido em decorrência de pacientes que tiveram acesso tardio ao antiviral oseltamivir (Tamiflu). Os médicos de todo o país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento.
Nove mortes em decorrência da Gripe A (H1N1) foram confirmadas no Paraná nos últimos sete dias. Destas, cinco ocorreram na última semana e outras quatro, em períodos anteriores, mas ainda não haviam sido confirmadas oficialmente pelas autoridades como vítimas da doença.
Os novos óbitos representam um aumento de 64,2% em relação ao número de mortes confirmadas até o início da semana passada. Desde o início deste ano, 23 paranaenses já perderam a vida por causa da doença. Dezoito municípios do Paraná já registraram mortes (veja lista ao lado). Os números fazem parte do boletim semanal divulgado na tarde desta segunda-feira (16), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
O boletim também mostra que o Paraná teve mais 172 casos da doença confirmados ao longo da última semana: um aumento de 29,2% em relação aos que estavam registrados até a semana anterior. Com isso, já são 760 paranaenses contaminados com a Gripe A.
Os casos confirmados estão espalhados por 138 cidades. Curitiba está no topo da lista, com 137 pessoas contaminadas. Em seguida, aparece Ponta Grossa, com 61 confirmações e Foz do Iguaçu, com 53. Pato Branco (com 49), Campo Mourão (26), São José dos Pinhais (22) e Jaguariaíva (22), vêm na sequência.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, aponta que, apesar do avanço da doença no estado, "não há motivo para pânico". Com base na análise dos óbitos, ele atribui as mortes a dois fatores: a demora das vítimas em procurar atendimento; e a outras doenças que agravam o quadro dos pacientes confirmados com a Gripe A.
Para Paz, a chave para o controle da doença é o diagnóstico rápido. A partir desta confirmação, os médicos têm condições de ministrar um tratamento mais eficiente e barrar os efeitos. "A partir dos primeiros sintomas de gripe, as pessoas já devem procurar um médico. Tomando o antiviral [oseltamivir, de nome comercial Tamiflu] nas primeiras 48 horas, o quadro evolui para cura", observa o superintendente.
Por conta disso, o foco das autoridades de saúde é orientação da população. Além da recomendação de busca imediata pelo atendimento, a Sesa relembra que, para evitar a transmissão, cuidados simples podem ser adotados: lavar sempre as mãos ou higienizá-las com álcool gel, cobrir o nariz e boca ao tossir ou espirrar e manter ambientes ventilados.
"A situação é diferente em relação a 2009. Temos 25% da população imunizada, temos o antiviral e uma rede de saúde preparada para enfrentar os casos. Não vamos atingir aqueles níveis", assegurou. Em 2009, o Paraná registrou mais de 80 mil pessoas contaminadas e teve mais de 350 mortes em decorrência da doença.
Distribuição dos casos
A análise por faixa etária aponta que 40,2% dos casos (306) estão entre pessoas de 20 a 49 anos de idade. Em seguida, 25,9% das confirmações (197) se encontram entre paranaenses com idade entre 10 e 19 anos. As duas faixas são consideradas as mais críticas. O boletim demonstra ainda um equilíbrio entre homens e mulheres: 50,2% das confirmações são de pessoas do sexo feminino e 49,2%, do sexo masculino.
Vacina
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que enviaria 200 mil doses da vacina contra a Gripe A para imunizar crianças entre dois e cinco anos matriculadas em instituições públicas e "cuidadores" que trabalham nessas entidades. Também estão no grupo com direito à aplicação adultos e crianças, com necessidades especiais, e idosos internados em asilos. As aplicações serão feitas conforme a disponibilidade de doses nos municípios do estado.
Durante campanha nacional de vacinação contra a gripe, os paranaenses já tinham recebido 1,8 milhão de doses, aplicadas entre 5 e 25 de maio. No período, quase 90% da meta de vacinação foi cumprida. Depois da iniciativa do governo, mais 276 mil vacinas foram enviadas pelo Ministério da Saúde. No total, o Paraná receberá 2,1 milhões de doses, o que corresponde a aproximadamente 20% da população do estado.
Tira-dúvidas
Saiba um pouco mais sobre transmissão e prevenção à gripe A, segundo especialistas consultados:
Como a gripe A é transmitida?
O vírus H1N1 é transmitido facilmente por meio da emissão de gotículas pela tosse ou espirro da pessoa contaminada. Dessa forma, o vírus pode circular pelo ar ou ficar em objetos.
Como prevenir a doença?
Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool gel; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; manter os ambientes sempre bem ventilados; evitar aglomerações. O uso do álcool em gel não dispensa a lavagem das mãos com água e sabão.
Quais os sintomas da gripe A?
Febre acima de 38°, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, dor de garganta.
O que fazer ao detectar os sintomas?
Não se automedicar e procurar imediatamente atendimento médico no sistema de saúde.
A gripe A mata mais do que outras gripes?
Qualquer gripe pode matar se não houver o tratamento adequado. Porém o H1N1 agrava o quadro da vítima mais rapidamente e suas complicações, como a pneumonia viral ou doenças preexistentes, podem levar à morte.
Existe vacina contra gripe A disponível na rede pública de saúde?
Não, somente em laboratórios privados. A campanha de vacinação se encerrou no dia 6 de junho e abrangeu somente o chamado grupo de risco, que inclui pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, crianças que entre seis meses e dois anos, gestantes e indígenas.
Todos podem tomar a vacina?
Sim. Não há contraindicação para a vacina, que pode ser tomada mesmo se a pessoa estiver gripada ou resfriada.
Quem tomou vacina no ano passado precisa tomar de novo?
Sim. Em média o tempo de imunização é de seis meses.
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